Press "Enter" to skip to content
Início » Telefonia » Samsung perdeu cota de mercado. Por isso, precisa inovar

Samsung perdeu cota de mercado. Por isso, precisa inovar

Compartilhe

Inovar. De verdade. E não oferecer smartphones que custam mais do que deveriam apenas porque conta com três ou quatro câmeras na parte traseira.

A Samsung ainda é a lider global em vendas de smartphones. E eu digo ‘ainda’, porque isso pode mudar ainda em 2019, algo que eu particularmente achava que só poderia acontecer em 2020 ou 2021.

A queda nas vendas de smartphones em todo o planeta (só no Brasil, o volume de vendas foi 7% no terceiro trimestre de 2018 em comparação com o mesmo período de 2017) faz com que as empresas que estão na liderança desse mercado acabem sofrendo um pouco mais. Nessa equação do demônio, Apple e Samsung começam a sentir na carne os efeitos da bolha estourada no mercado mobile.

A Apple já perdeu a segunda posição para a Huawei, e já avisou que vendeu menos iPhones do que o esperado no quarto trimestre. E a mesma Huawei aponta para a Samsung, e estabeleceu como meta a liderança do mercado de smartphones até o final de 2019.

Por outro lado, a Samsung perdeu a liderança no segundo maior mercado global do planeta, a Índia. E perdeu para a Xiaomi, que está muito forte por lá. E é por isso que temos a linha Galaxy M chegando antes naquele país.

Some isso ao fato da Samsung não ser forte na China, país onde a Huawei é lider… e faça as contas.

Logo, só a inovação pode salvar a Samsung hoje de não perder a liderança de mercado. E não podemos dizer que os coreanos não estão tentando. Apesar de não ser a primeira a oferecer smartphones com tela dobrável, a empresa pode ser uma referência no setor, se apresentar o produto certo na hora certa.

Tal e como fez com a linha Galaxy Note. É inegável a influência da Samsung no segmento de phablets.

Logo, a Samsung precisa entender que inovar não quer dizer colocar várias câmeras na parte traseira de um smartphone que tem processadro Snapdragon 425 ou Snapdragon 660 e acreditar que, por causa disso, pode cobrar (respectivamente) R$ 1.900 e R$ 3.200. Hoje, o consumidor busca sim inovação, mas está bem consciente quando um produto não entrega aquilo que ele espera ou deseja.

Muitos usuários finalmente aprenderam a olhar para a ficha de especificações técnicas com atenção, no lugar de olhar apenas para a marca do produto. E isso é ótimo. É sinal de maturidade do consumidor.

Samsung… inovar, entendeu? Inovar.


Compartilhe
@oEduardoMoreira