Quem sou eu para julgar os códigos morais e éticos de quem quer que seja. Eu mesmo acho esse lance de fidelidade uma grande bobagem que inventaram para prender as mulheres em relacionamentos, já que historicamente os homens nunca acreditaram nisso.
Mas cada um é livre para fazer e acreditar no que quiser. Se você realmente acha que relacionamentos monogâmicos são perfeitos e críveis, boa sorte para você e seja feliz com isso. Já eu penso que ninguém deve se prender a ninguém, e você só não pode trair a si mesmo. E está tudo certo.
O único conselho que dou é: se você vai trair a outra pessoa, tome cuidado com a Apple.
Infiel está processando a Apple
Isso está acontecendo no Reino Unido. Um cidadão que, ao que tudo indica, entende que tem o direito de compartilhar o seu corpo com quem quer que seja, está processando a Apple com a desculpa de que o iMessage possui falhas de privacidade.
E… não… ele não foi o descuidado que deixou o telefone livre para qualquer pessoa ler suas mensagens privadas. “Ele jamais faria isso”, digo eu em tom de ironia.
Na verdade, o problema não está na falta de respeito à privacidade alheia, mas sim algo mais complexo, como a sincronização de mensagens no iCloud. Ou seja, uma falha técnica impactou a vida pessoal do nosso protagonista.
O reclamante afirma que a falta de comunicação clara da Apple sobre a sincronização de mensagens resultou no desagradável problema de ter a sua (agora) ex-mulher descobrindo os seus casos extraconjugais.
Agora, a “vítima” (ou seja, o infiel que foi pego no flagra) pede uma indenização de nada menos que 5 milhões de libras esterlinas. Sem falar que o seu processo tem um real potencial de se transformar em uma ação coletiva, pois ele não seria a única pessoa a ter esse tipo de problema com essa tecnologia da Apple.
De quem é a culpa neste caso?
É importante registrar que o sistema de sincronização de mensagens no iCloud sempre permitiu que os conteúdos das conversas no iMessage sejam visualizados em diferentes dispositivos da Apple, e que isso não é uma “falha” ou “erro”. Os usuários sabem disso.
Também é fundamental mencionar que sempre foi possível ajustar o funcionamento do sistema de sincronização da Apple. Basta ir até as configurações pertinentes no iOS e realizar os ajustes necessário para evitar problemas semelhantes.
Logo, a Apple pode ter tudo na vida (e, de fato tem, já que vale bilhões de dólares), menos culpa do que aconteceu aqui. O usuário é responsável em gerenciar essas configurações nos dispositivos da empresa, e a falta de atenção para esse detalhe passa bem longe de ser uma responsabilidade atribuída para Tim Cook e sua turma.
Tem gente que paga uma grana violenta em um iPhone e não faz a menor ideia sobre como o dispositivo funciona. Essa é a mais pura verdade.
E por não saber configurar o dispositivo, acaba culpando a Apple, de forma até cretina, já que é mais fácil colocar a culpa nos outros por ser burro e não saber configurar a privacidade de um iPhone.
Eu defendo a educação tecnológica em larga escala, já que ninguém nasceu sabendo. Mas nem mesmo a ignorância pode salvar o infiel neste caso.
Que nosso protagonista seja mais discreto da próxima vez.