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Sexting: do tabu à criminalização

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Todo mundo gosta de sexo. Tá bom, quase todo mundo. E com o advento dos smartphones, vieram mudanças nos formatos de consumo e disseminação da sexualidade humana. Uma das práticas mais adotadas pelos usuários da era digital é o sexting, a troca de mensagens mais picantes entre os parceiros.

O grande problema é quando essa prática assume contornos abusivos. Mulheres de todas as idades não apenas são assediadas de forma inconveniente por homens que não contam com autorização para abordar as mulheres dessa forma, como também esses mesmos homens acabam intimidando e até ameaçando as mulheres que acabam se recusando a entrar nesse jogo sexual.

 

 

Don’t blame the victim

 

Para começar, nada de falso moralismo aqui. Tem muita gente (muita gente mesmo) que pratica o sexting ou compartilha conteúdos pornográficos em aplicativos como Facebook Messenger, WhatsApp e Telegram. Muita gente já fez isso, independente da idade.

Logo, nada de culpar as vítimas. As pessoas tem o direito de explorar a sua sexualidade da forma que quiser. Você pode até não concordar com tal prática, e afirmar que jamais faria (afirmar não quer dizer que você nunca fez, pois o que você fala é uma coisa, e o que você faz é outra). Mesmo assim, é fundamental respeitar o direito individual.

Por outro lado, quando um homem decide ameaçar, intimidar ou humilhar uma mulher (que, em muitos casos, é uma adolescente que ainda não está emocionalmente formada por completo), pelo amor de qualquer coisa, não culpe as vítimas!

Não adianta dizer: “também, pudera… a menina é fácil demais para mandar nudes para um cara que mal conhece…”. Você pode até não fazer isso, mas nada de apontar o dedo para a cara do coleguinha. Você não está no papel de juiz, e muito provavelmente você também tem seus esqueletos escondidos no armário.

Logo, quando ficar sabendo que alguém foi vítima na prática de sexting, demonstre empatia e solidariedade. Você não sabe o quanto aquela pessoa está sofrendo, e o quão humilhante é essa situação. Logo, demonstrar bons pensamentos e sentimentos por alguém que está sofrendo no mínimo faz com que você seja um ser humano melhor. O que realmente importa é tentar ajudar as pessoas a crescerem e, se possível se sentirem acolhidas e inseridas em um meio tão conturbado.

E quanto aos usuários que querem compartilhar conteúdos de cunho sexual nas redes sociais, todo cuidado é pouco. Lembre-se você já sabe como a ferramenta funciona e quais são os seus riscos.

A mudança de comportamento depende muito mais de você.


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@oEduardoMoreira