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Sim… Max Verstappen foi babaca por não usar uma camiseta…

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Sim. Max Verstappen foi babaca por não usar uma camiseta na homenagem para Ayrton Senna e Roland Ratzemberger organizada por Sebastian Vettel essa semana em Ímola. E diferente do seu pai ou do seu tio, eu vou usar argumentos que sustentam a minha afirmação.

Diferente da geração Drive to Survive, que realmente acredita que a Fórmula 1 foi inventada em 2015, eu entendo o que significa uma expressão que é muito importante para entender por que Max é um autêntico babaca.

Uma palavra que abre portas para uma vida mais inteligente.

E essa palavra é: CONTEXTO.

 

Teu passado te condena

Aprenda, geração Drive to Survive: tudo nessa vida se faz por CONSTRUÇÃO, DESTRUIÇÃO E DISTORÇÃO DE NARRATIVA, e não podemos opinar nessa vida sem considerar o CONTEXTO DE TUDO.

Ficou confuso? Sem problemas. Estou aqui para explicar.

O tal do contexto é o quadro completo. A fotografia de momento não quer dizer que é o fato registrado. Nem mesmo a primeira foto que só mostra Verstappen no centro segurando uma bandeira e sem a tal da camiseta diz tudo.

Tanto, que publicaram depois a mesma foto em ângulo aberto, só para mostrar que ele não era o único que estava sem a polêmica camiseta.

O que é preciso entender aqui é que está por trás do gesto que, sinceramente, é bem pequeno para tanta polêmica.

Olhar para o histórico de Max Verstappen e para as pessoas que o cercam é muito importante para fazer uma análise mais aprofundada no objetivo principal em definir se ele é um babaca ou não.

Max tem um histórico de declarações polêmicas típicos de uma personalidade individualista e egoísta. E isso passa bem longe de ser um defeito para um piloto de Fórmula 1, já que todos os grandes campeões apresentaram esse mesmo comportamento em algum momento, em maior ou menor grau.

Incluindo o próprio Senna.

A Indiferença de Max ao coletivo é outro traço de sua personalidade que todo mundo sabe que ele tem. Logo, nem chega a ser surpresa pensar que ele não usou a camiseta por causa disso. E aqui, existem dois lados da moeda.

Alguns vão entender que Verstappen tem personalidade própria, pois não é um “Maria vai-com-as-outras”. Outros vão ver o piloto como um babaca escroto, já que não custa nada mostrar um mínimo traço de unidade com o coletivo.

E os dois lados estão corretos.

O que complica a narrativa de Max no episódio é o fato de sua personalidade se alinhar com pelo menos duas pessoas que contam com códigos morais e éticos questionáveis: Jos Verstappen e Nelson Piquet.

No caso de Jos, detestaria ter um pai como ele, em todos os aspectos. E fico até feliz que Max demonstre ser um pai diferente. O amor dele pela pequena P. (filha de Kelly Piquet) é algo indiscutível.

Aliás, é a maior prova de que Max Verstappen amadureceu e melhorou o seu comportamento.

E no caso de Nelson Piquet, até acredito que ele possa ser uma pessoa boa ou um exemplo para Max e Kelly… mas se você acha normal relativizar racismo e homofobia, aí sou eu que acho você um babaca escroto.

 

Está tudo bem achar Max um babaca (ou não concordar com isso)

Vou repetir para quem tem cegueira relativa: eu vejo que Max Verstappen hoje está uma pessoa melhor do que aquele que começou a correr na Fórmula 1 em 2015. Ele amadureceu em vários aspectos, e sua relação com a neta do Nelson ajudou muito nessa melhora objetiva.

Mas… uma vez babaca, sempre babaca. E está tudo certo.

Ninguém é 100% bom ou mau nessa vida (com raríssimas exceções), e não estamos pedindo a perfeição do Verstappen. E para ser bem justo, até o Lewis Hamilton foi um babaca nos primeiros anos da carreira e amadureceu depois. Quem acompanhou os primeiros anos da carreira do heptacampeão sabe muito bem disso.

As pessoas crescem e amadurecem. Tudo é estágio evolutivo em nossas vidas, e Max evoluiu bastante nos últimos anos. Parece que o peso de ser campeão do mundo saiu das costas, e ele mesmo se permitiu a ser mais leve com ele mesmo.

Porém, ele sempre vai ter lampejos de besta no meio de suas bestialidades. Faz parte da essência humana, e não é uma regra exclusiva para o piloto holandês.

O que não dá para aceitar é ver pessoas que ignoram contextos e narrativas completas entenderem que só estamos analisando um fato ou um evento. Estamos considerando o histórico.

Aliás, foi surpreendente ver o Verstappen na homenagem. O normal seria ele não ir. Logo, não usar a tal camiseta não é tão grave, de verdade. Dá até para imaginar que Max quis fazer uma moral com o sogro.

E tudo isso não muda o fato dele ter sido babaca. E está tudo certo.

E… fã do Verstappen revoltado comigo no final deste artigo, não se esqueça: você é aquele que chama Hamilton de “militante” e “vitimista”, e relativizou falas homofóbicas e racistas de Nelson Piquet.

Então… não reclama.

Vida que segue.


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@oEduardoMoreira