Temos novos smartphones da Google. O Pixel 2 e o Pixel 2 XL custam US$ 649 e US$ 849 respectivamente, e o mantra “smartphone da Google é smartphone barato” foi para o espaço em definitivo.
Nexus 4 e Nexus 5 (2012 e 2013) foram pontos fora da curva. Mostraram que era possível sim ter smartphones top de linha que agradavam aos geeks mais ávidos sem apelar para preços abusivos.
A Google deixou de ser a empresa que abre mão dos lucros para introduzir mais usuários ao seu ecossistema, algo que ela poderia se dar ao luxo de fazer. Com a chegada do Nexus 6 a US$ 650, o golpe de realidade veio, deixando muitos usuários um tanto quanto tristes, nostálgicos e saudosistas com os Nexus do passado.
A nostalgia nesse caso é bem seletiva. Nexus baratos foram bem poucos. Os modelos da linha Pixel ultrapassam a casa dos US$ 800 com certa facilidade, e somando impostos e custos de importação, a brincadeira sai bem mais cara do que gostaríamos.
E, mesmo no Brasil, o Nexus 5 chegou a custar R$ 1.349, o que na sua época não era um valor tão atraente assim.
Lá fora, o Google Pixel 2 XL só não é mais caro que o Galaxy Note 8 e o iPhone X. Só os dois. Nem mesmo iPhone 8 e 8 Plus ou o Galaxy S8 e S8+ custam mais que ele.
A Google quer copiar Apple e Samsung em tudo. Quer ser fabricante de hardware, quer oferecer dispositivos top de linha, e quer cobrar caro por esses produtos. Porém, a participação de mercado da Google em vendas de smartphones é pífia.
Nos últimos três trimestres, foram vendidas apenas 3 milhões de unidades de dispositivos Pixel. Muito abaixo das 55 milhões de unidades do Galaxy S7 ou dos 200 milhões de iPhones vendidos no mesmo período.
A OnePlus foi a que melhor se aproveitou do vazio deixado pelos Nexus 4 e Nexus 5, acompanhada pela Xiaomi, e esta última se torna referência no setor geek de smartphone de qualidade com preço acessível.
Será que a Google vai ser melhor recebida com os seus dispositivos Pixel com esses novos preços?
Particularmente? Eu acho que não.