Fato: nerdola é um bicho meio burro mesmo.
Falta capacidade cognitiva nesse bando de idiotas que se consideram nerds porque assistiram as 12 temporadas de The Big Bang Theory e sabe meia dúzia de frases de “O Guia do Mochileiro das Galáxias”.
Na incapacidade de compreender discursos que combatem o fascismo, o nazismo, o racismo e outros preconceitos típicos de visões de mundo atrasadas e retrógadas, esse bando de imbecis apelam para o “review bombing”.
Não é a primeira vez que assistimos a esse efeito colateral indigesto em produções televisivas e, ao que tudo indica, não será a última.
O novo alvo dos nerdolas neste momento é… The Boys (Amazon Prime Video).
“Prefiro me vingar a pensar no assunto”
A quarta temporada de The Boys tem (de longe) a pior avaliação no Rotten Tomatoes, com apenas 50% de notas positivas (até o momento em que este artigo foi escrito).
A queda na classificação é anormal e não natural. E isso, para uma série que sempre foi elogiada por todo mundo por passar dos limites, por ser verborrágica ao extremo e pela ousadia/irreverência do roteiro.
O que ninguém percebeu é que a história sempre debochou do fascismo por trás de sua loucura, e só agora os imbecis se deram conta que a trama sempre teve um discurso crítico para o espectro político que entende que pretos e gays merecem morrer, ou que acredita que ajudar pobre é coisa de vagabundo.
Jesus Cristo ajudou aos pobres. Fica a dica.
Frases como “A Hollywood Woke arruinou outra série que tinha potencial” e “Bobagem abismal criada por um bando de geeks de esquerda” invadiram as páginas de avaliações de séries.
E eu realmente me pergunto, de verdade: nerdolas… que série vocês estavam assistindo até agora?
Make The Boys Great Again
A sátira sempre foi uma forma de protesto contra o status quo estabelecido por espectros políticos extremistas e totalitários. Porém, um grupo de pessoas que não entenderam absolutamente nada sobre o que Star Wars quer dizer nunca passou perto de absorver essa premissa básica.
Quando você vê um grupo de machos revoltados porque a série que eles tanto amavam pelos motivos errados deixa bem claro de que lado está da história, é mesmo de se questionar a capacidade cognitiva desse grupo para entender sobre o que é o conteúdo que estão assistindo.
E eu não estou sozinho nessa. Eric Kripke, desenvolvedor e produtor executivo de The Boys, pensa o mesmo:
“Eu só faço um barulho tipo, ‘Olha, eu não sei mais o que fazer’. A série é muitas coisas. Sutil não é um deles. Se você, por exemplo, acha que o Patriota é um herói, não sei mais o que lhe dizer. Não sei o que te dizer. Mas, por outro lado, se as pessoas veem essa série como mero entretenimento escapista, como outra coisa de super-herói, então… Acho que obrigado por vê-lo, entre perguntas?”
Ou seja, qualquer pessoa com QI acima de 90 sabe muito bem que The Boys passou bem longe de ser sutil no discurso contra os extremos. Cada temporada foi uma escala, e se você não percebeu disso, eu lamento em dizer, mas você precisa de ajuda para segurar garfo e faca para comer.
Tá, até posso dar um desconto para os mais nostálgicos, que vão disfarçar sua burrice com o “a série não é mais a mesma, e sinto falta da história que eu assistia”.
E… mesmo assim… você está sendo escapista ao pensar dessa forma.
OK, vou explicar (porque você não tem cérbero sequer para procurar no Google ou no ChatGPT o significado do termo): “escapismo” é quando usamos de qualquer desculpa minimamente coerente ou válida para negar a realidade tal e como ela se apresenta.
E no caso de The Boys, “escapismo” não é uma saída, já que a mensagem anti extremista sempre foi clara demais para ser ignorada.
A culpa não é da série se você é burro.