De novo: é lindo ver um dispositivo da Sony desafiando a água. Só espero que na prática ele seja tão eficiente nesse aspecto como é nas fotos e vídeos. Os japoneses apresentaram na Mobile World Congress 2015 o Sony Xperia Z4 Tablet, dispositivo que mostra a evolução da marca nessa proposta de oferecer tablets finos, leves e potentes.
O design geral do produto não muda muito, herdando as características dos modelos anteriores. As poucas coisas que mudaram foi para melhor, onde a Sony destaca um melhor aproveitamento de tela (de 10 polegadas) e o peso reduzido do produto. Tais mudanças tem um objetivo claro e audacioso: competir com o iPad Air 2 da Apple.
É um grande desafio esse da Sony. Não apenas pelo fato de enfrentar uma gigante no setor como é a Apple, mas principalmente em adicionar mais um dispositivo com preço consideravelmente mais caro que os seus concorrentes, e em um segmento de mercado que diminui a cada ano. Os tablets estão sendo substituídos pelos phablets, e a não ser que a sua aposta seja realmente muito boa, é arriscado investir em um produto que vai acabar sendo de nicho, ou para os profissionais.
Entendo que o Sony Xperia Z4 Tablet é mais recomendado para os usuários que buscam alguma produtividade no produto, ou que pretendem dar uma finalidade de ferramenta de trabalho. A principal evidência disso é o fato do teclado Bluetooth (fabricado pela Sony sob medida para esse lançamento) ser capaz de modificar a interface Xperia que reveste o sistema operacional Android (5.0 Lollipop) instalado no dispositivo.
O teclado cria uma barra de aplicativos, que permite a interação com várias janelas e acrescenta funcionalidades ao sistema, trabalhando o tempo todo com o teclado. Essa adição é excelente para quem vai produzir textos ou realizar mais de uma atividade simultânea no tablet.
O Sony Xperia Z4 Tablet também não deixa a desejar nas suas especificações técnicas, contando com o cobiçado processador Qualcomm Snapdragon 810, 3 GB de RAM e a mais recente GPU Adreno. Ou seja, o desempenho impecável está garantido (pelo menso na teoria).
É um tablet fino, leve, parrudo… mas é um tablet. A Sony brinca com um jogo de risco em oferecer um produto top de linha, para competir com um iPad Air 2 que está consolidado, mas em um segmento de mercado que está cada vez menos relevante no mercado de tecnologia de consumo. Não só por conta dos smartphones com telas de 5 polegadas ou mais, mas também por conta dos ultrabooks conversíveis, que de alguma forma estão ajudando a recuperar o mercado de desktops/notebooks/computadores pessoais.
De qualquer forma, desejo sorte para a Sony nessa aposta. Vontade de ter um desses não me falta. O que falta é a grana mesmo.