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Steve Jobs SEMPRE criticou a Microsoft

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Todo mundo sabe que Bill Gates e Steve Jobs não eram o que podemos chamar de “amigos”. No máximo, eles se toleravam socialmente. Ao mesmo tempo, entendiam que precisavam um do outro para que ambos pudessem crescer no mundo da tecnologia.

Uma das provas do que estou falando é o tal e-mail que Steve Jobs enviou para Bill Gates para “aliviar as tensões” entre Apple e Microsoft. Mesmo porque Jobs precisava do dinheiro de Gates para recuperar a empresa par ao qual ele acabou de voltar.

E mesmo na necessidade de ser sociável, Jobs fez críticas à Microsoft, mostrando personalidade e até um pouco de teimosia no movimento.

 

Como tudo aconteceu

Em fevereiro de 1998, Steve Jobs estende uma “trégua” a Bill Gates em uma carta que, inicialmente, parecia cordial. Mas conforme você avança no texto, percebe que a polidez de Jobs esconde uma inflamada crítica à Microsoft e o seu modo de ser.

Jobs criticou abertamente a Microsoft, considerando seus produtos banais e sem criatividade. Chegou a comparar o Windows ao McDonald’s afirmando que o sistema operacional tinha a qualidade comparada ao do “junk food” (que é o que os norte-americanos pensam dos lanches rápidos da rede de fast food).

Jobs não escondeu seu desgosto com a estética dos softwares da Microsoft, chamando tudo de “produtos de terceira classe”, e lamenta que o público aceite a esse tipo de produto, pois era um sucesso desproporcional.

Poderia ser fruto da inveja de Jobs a todo o sucesso que a Microsoft fez. Ou poderia ser um golpe de realidade muito duro da parte dele que, na época, estava com o pires na mão.

 

Não seria a primeira vez

Jobs não perdia a oportunidade de criticar abertamente a Microsoft e seus produtos.

Em 2005, durante a apresentação do Mac OS X Tiger, Jobs fez piadas com a lentidão da Microsoft na inicialização do Windows Vista.

Em um gesto de deboche e provocação, Jobs usa um cronômetro no palco, apenas para contar quanto tempo levava para o sistema da Microsoft iniciar por completo.

Steve Jobs reforçou seu desprezo pela Microsoft, afirmando que a empresa não tinha mais a capacidade de inovar. A fala foi durante o desenvolvimento do Longhorn que, no final, foi um produto que deixou muito a desejar para os usuários.

Para completar, Steve Jobs afirmou que o NetShow da Microsoft era uma “ameaçadora e rude” tentativa de copiar o QuickTime da Apple, afirmando que a iniciativa poderia apena voltar a acirrar a rivalidade entre as duas empresas e nada mais.

 

Unidos pelo Office

Jobs precisava do dinheiro que Bill Gates ofereceu para a Apple para entregar o Office nos computadores Mac. E foi justamente com esse software que Steve decidiu “aliviar” nas críticas.

Ele reconheceu o trabalho positivo da parceria entre Apple e Microsoft no Office 98, principalmente nas questões de marketing.

Ou seja, mesmo rivais, uma era estrategicamente dependente da outra para que ambas prevalecessem.

Gates e Jobs eram personalidades muito diferentes, com estilos de liderança contrastantes. Mas ambos sabiam que, juntos, dominavam a indústria de informática.

Por isso, mesmo com todas as críticas (muito mais de um lado do que de outro), Gates e Jobs conviveram “pacificamente” até o fim.

E ambas venceram com essa postura.


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