Muita calma nessa hora. Ou não… pode começar a se irritar com o título do post. Não tem problema.
Os animais de estimação se tornaram estrelas de muitas contas do Instagram, e muitos influencers criam conteúdos baseados neles para atrair seguidores. Porém, a tendência saiu de controle, e alguns Instagrammers estão clonando os seus mascotes para seguir criando conteúdos sobre eles depois que o animal principal vier a falecer.
Pronto. É isso. Pode começar a se revoltar a partir de agora.
Que p*#*@ é essa?
Courtney Udvar-Hazy, uma mulher de 29 anos e responsável pela conta @wander_with_willow no Instagram, teve a ‘brilhante’ ideia de clonar a sua cadela Willow com a ajuda de uma empresa especializada em clonagem de mascotes.
Ele gastou milhares de dólares no procedimento, que foi realizado depois que a cadelinha faleceu prematuramente em 2018. De acordo com Courtney, isso ajudou a superar a perda do animal e (provavelmente o mais importante aqui) gerou receitas que permitiu a manutenção da conta no Instagram.
É claro que Courtney foi duramente criticada nas redes sociais, com as pessoas afirmando que ela possui um cachorro zumbi, ou acusando que a protagonista não passa de uma menina rica e louca.
Eu sei que ela faz o que quiser com o dinheiro dela e com a mascote que faleceu. Mesmo assim: será que não é melhor e mais barato simplesmente adotar um cachorro abandonado e seguir com vida nova
Esse não é um caso isolado
Courtney não está sozinha nesse frenesi de clonagem animal em nome de visualizações no Instagram. Outra conta de influenciadores no Instagram chamada @ipartywithbrucewayne publica conteúdos de quatro chihuahuas que foram clonados ao lado do cachorro original. E outras contas chegam ao cúmulo de comercializar abertamente os cachorros clonados.
Isso é legal?
No Brasil, não existe uma legislação específica que autorize ou impede a clonagem de animais ou a comercialização de animais clonados. Logo, tudo fica na conta do bom senso dos envolvidos.
Além disso, ter um mascote clonado não quer dizer exatamente que aquele animal é uma réplica exata do original. Muitos mascotes frutos desse processo saíram bem diferentes do doador do DNA.
De qualquer forma, por conta de toda essa popularidade que os mascotes estão ganhando nas redes sociais (e com os influenciadores ganhando muito dinheiro com o simples fato dos animais existirem e serem fofinhos), é preciso olhar mais de perto para esse fenômeno e os seus efeitos.
Minha opinião sobre tudo isso? É algo fútil e desnecessário.
Não tenho animais de estimação porque meu apartamento não comporta mais um animal além de mim. E eu nunca tive vontade de ter um bichinho em minha vida. Não cuido direito de mim, que dirá de outro ser vivo.
Mas respeito quem tem animais de estimação. E respeito também que o ser vivo que foi embora deve ter a sua memória respeitada e resguardada. A clonagem está bem longe de ser uma solução válida, principalmente quando um dos objetivos do ato é capitalizar em cima de outro animal que, em muitos casos, nem está mais entre nós para se defender.
Patético. Simplesmente patético.