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Você daria para o seu filho o nome “Claro” apenas para ter internet de graça por 18 anos?

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O que você teria para ter internet de graça por 18 anos? E… antes que você responda alguma coisa muito absurda, é só ler este artigo na íntegra e, quem sabe, repensar a sua resposta.

Uma promoção inusitada de um provedor de internet na Suíça resultou em uma autêntica maldição para uma criança. E os pais deveriam ser criminalmente responsabilizados pelos danos morais e psicológicos que esse indivíduo vai sofrer na vida.

Um casal suíço optou por nomear sua filha com o nome do provedor de Internet Twifi para aproveitar uma promoção que oferece 18 anos de conexão gratuita se o nome constar na certidão de nascimento.

 

As justificativas para essa decisão

O casal, que prefere manter o anonimato, justifica a escolha alegando que “há nomes piores”. E eu até concordo com essa perspectiva. Já pensou se o seu filho se chama Claro, Vivo ou Oi por 18 anos?

Porém, os próprios pais reconhecem que o uso do termo WiFi no nome pode impactar a vida da criança, especialmente na escola. E isso é o óbvio, pois vivemos a era do bullying e do assédio moral ao outro simplesmente porque a pessoa está respirando.

Para não prejudicar a criança, a operadora propôs “humanizar” o nome, sugerindo Twifius para meninos e Twifia para meninas, embora admitam que ambos têm sonoridades questionáveis.

Os pais então adotaram uma abordagem criativa para dar o nome da criança, incluindo o nome Twifia como parte de um nome composto de três palavras. Fica a incerteza se a operadora aceitará essa configuração, apesar de estar em conformidade com as regras da promoção.

E se não aceitar, que vá plantar batatas. Já é difícil colocar uma criança nesse ridículo. Agora, ficar regulando a mixaria de um nome composto que inclui uma propaganda de graça para a sua operadora já é demais!

 

A relação custo-benefício se paga?

De acordo com os pais que deram para a própria filha o nome de uma operadora de internet, o dinheiro economizado será destinado a uma conta, não para os estudos universitários da criança, mas para a compra de um carro.

Pode até ser um prêmio indenizatório por toda a humilhação que a criança vai passar só para que os pais possam assistir aos vídeos virais no TikTok sem precisar pagar um centavo pela internet doméstica.

A decisão dos pais de capitalizar o nome da filha gerou críticas nas redes sociais, já que nem todas as pessoas concordam que lucrar em uma decisão tão importante para a vida de uma pessoa é algo minimamente ético.

O caso não é isolado, e os internautas lembraram de outras situações em que os pais deram nomes patéticos para os seus filhos por motivos totalmente aleatórios.

Por exemplo, crianças que receberam nomes de personagens de TV, como Daenerys de Game of Thrones. Tudo bem, os pais podem ser muito fãs da série da HBO e, por causa disso, querem que a criança carregue esse legado.

Mas isso não pode resultar em um enorme obstáculo para o desenvolvimento social do indivíduo. Sob nenhuma circunstância.

Com a peculiaridade do terceiro nome escolhido por motivos financeiros, surge a inevitável consideração sobre como a filha perceberá essa escolha quando mais velha, especialmente ao descobrir que foi apenas e tão somente pelo dinheiro.

Transformar o nome do filho em um negócio é algo que naturalmente levanta as discussões no coletivo. Deveriam existir limites éticos entre a individualidade e as oportunidades financeiras? Ou os pais devem ser livres para fazer o que quiser com a criança até a maioridade legal?

São perguntas que merecem uma reflexão mais profunda. E agora que eu cheguei até aqui, eu vou repetir a pergunta: diante de todos os fatos apresentados neste artigo… o que você faria para ter internet de graça por 18 anos?


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@oEduardoMoreira