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TikTok e os vídeos curtos venceram a batalha das redes sociais em 2022

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O Facebook, que parecia ser imortal mesmo depois de tantos escândalos de privacidade, perdeu espaço para o Instagram, que materializou o ditado “uma imagem vale mais do que mil palavras”.

Então, o Instagram, que também parecia imortal, sucumbiu para o TikTok e os seus vídeos curtos. De repente, as fotos não eram suficientes, e a comunicação ágil com imagem e som conquistou a todos, principalmente aos mais jovens.

Agora, todo mundo quer ser o TikTok. Incluindo o Instagram, é claro.

 

 

 

Dos Stories aos vídeos curtos

Eu imagino que o Instagram sempre teve como “característica” a ausência de personalidade própria.

Mark Zuckerberg nunca teve vergonha alguma de “se adaptar aos novos tempos” (aka copiar descaradamente a concorrência). Foi isso o que aconteceu quando o Instagram copiou o Snapchat com os Stories, e o mesmo acontece com o TikTok agora.

Forçar o Instagram a dar foco nos vídeos curtos ou Reels (deixando a fotografia móvel e os selfies em segundo plano) é mais um sinal de que a rede social é tudo, menos algo original.

É claro que o Instagram prevaleceu nessa história de copiar tudo o que as outras plataformas tinham de bom.

No caso dos Stories, YouTube, WhatsApp, Facebook, Skype e LinkedIn seguiram o mesmo caminho. E o tempo mostrou que esse formato funciona, mas não é o suficiente.

O TikTok virou a rede social da moda com os vídeos curtos, e as demais plataformas precisavam oferecer alternativas similares para reter a audiência de alguma forma.

O que o Facebook (ou Meta, sei lá) demorou tempo para perceber é que os usuários não queriam múltiplas opções para envio de vídeos no Instagram. Eles só queriam enviar e receber os mesmos vídeos curtos do TikTok.

E foi assim que o Reels nasceu.

Agora, combine o Reels com a mudança do feed algoritmo implementada em 2016 através do famigerado “Modo Descobrir” (colocando mensagens, fotos e vídeos de desconhecidos na frente daquelas contas que você segue), e a experiência de uso do Instagram foi simplesmente arruinada para muita gente.

A cópia indiscriminada que o Instagram faz de tudo o que funciona nas outras plataformas foi o que fez com que muitos abandonassem essa rede social, migrando para a plataforma vizinha: o TikTok.

E o próprio Instagram declarou a sua derrota para o TikTok, quando anunciou oficialmente que vai investir mais no Reels do que nas fotos.

E essa derrota foi declarada literalmente, quando o CEO do Instagram reconhece que a plataforma vai mesmo voltar os seus esforços para se tornar um site de vídeos, baseado no comportamento dos usuários dentro do serviço.

 

 

 

O mundo está mudando para os vídeos curtos

Não podemos dizer que o Instagram está errado.

É fato consumado: o mundo está mudando para os vídeos curtos. Até o YouTube está copiando essa ideia com o Shorts.

O sucesso do TikTok é tamanho, que os usuários do Instagram fazem o download dos vídeos do TikTok para republicar esse conteúdo na plataforma do Meta.

O grande problema aqui é que o Instagram não foi criado para isso, e agora tem que se adaptar para trair a ideia original da plataforma (rede social de fotos) para se transformar em uma cópia barata do TikTok.

Se isso vai funcionar para o Instagram? Não sei. O tempo vai dizer.

O que sei hoje é que as críticas em relação às mudanças anunciadas só aumentam, e se materializaram recentemente na frase “Faça que o Instagram volte a ser Instagram”.

 


A campanha iniciada pela criadora de conteúdo Illumitati foi compartilhada por celebridades como Kim Kardashian (326 milhões de seguidores) ou Kylie Jenner (360 milhões), e uma petição no Change.org já conta com mais de 180 mil assinaturas para pedir a volta do foco nas fotos e o retorno do feed cronológico.

Não acredito que quem está reclamando será atendido a essa altura do campeonato, pois as declarações recentes do CEO do Instagram deixam claro como será o futuro da plataforma.

E todo esse movimento deixa claro também que o TikTok venceu a batalha.

Confesso que não estou no TikTok, o que é, a partir de agora, um grande erro. Serei obrigado a abrir um cadastro na rede social de vídeos curtos simplesmente para não ficar de fora do jogo.

E assim como aconteceu com o Facebook, se o Instagram se limitar a ser uma cópia das demais plataformas, terá que lidar com o abandono de seus grupos de usuários mais ativos: os jovens e influenciadores digitais.


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@oEduardoMoreira