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Um óculos de realidade virtual que pode matar quem perder no videogame

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A humanidade precisa ser estudada, e com muita urgência. E eu não estou falando de manifestações golpistas, acredite. Eu “jamais” escreveria sobre política no meu blog pessoal.

Mesmo assim: que estudem a humanidade rapidamente. Até porque adicionaram recentemente mais um elemento para o seu processo de autodestruição que, por sinal, está mais rápido do que poderia ou deveria.

Criaram um formato de esporte virtual onde os derrotados podem morrer na vida real. Literalmente. Não estão se limitando a explorar a derrota no campo fictício, mas estão eternizando esse momento com um fim definitivo para a existência… através de um jogo virtual.

Sério… onde foi que a humanidade errou mesmo?

 

Apresentando o NeverGear, o óculos virtual especializado em matar

Vamos tentar entender qual é a sandice da vez. Até mesmo para acionarmos as autoridades públicas se essa aberração virar moda no Brasil.

O Sword Art Online é um videogame fictício que inspirou o SAO Incident, um jogo do tipo VRMMORPG (Virutal Reality Massive Multiplayer Online Role-Playing Game). Nesse tipo de jogo, vários competidores estão disputando a mesma partida, e quem tem a pontuação zerada é automaticamente eliminado.

A grande diferença do SAO Incident é que as pessoas eliminadas realmente morrem na vida real, sem uma segunda chance para buscar vingança, redenção ou o mingau da mãe em casa. Para que as partidas aconteçam no mundo real, os participantes usam os óculos de realidade virtual NeverGear, que foram especialmente adaptados para alcançar o objetivo proposto por essa insanidade.

E como esses óculos de realidade virtual foram modificados?

Da seguinte forma: quando eles recebem a informação que o jogador está com a sua pontuação zerada, eles emitem uma espécie de micro ondas letais para o usuário, que vai morrer em questão de segundos.

 

Uma ideia que se tornou realidade

Quem tornou essa insanidade algo possível foi o Palmer Luckey, o homem que revolucionou o mundo da realidade virtual com o lançamento do Oculus Rift. Ele afirma em seu blog algumas bobagens que alimentam o próprio ego, deixando claro para todo mundo que ele precisa de tratamento psiquiátrico urgente:

“Sou um cara muito inteligente, mas não consegui pensar em nenhuma maneira de fazer algo assim funcionar, não sem conectar os óculos a componentes gigantescos”.

Antes de chegar nos resultados das micro ondas letais, Luckey tentou integrar explosivos no óculos de realidade virtual que funcionava com fotossensores que detectam a mudança de cor da tela do dispositivo para o acionamento dos explosivos que iriam destruir de forma instantânea o cérebro do usuário.

Vou corrigir o meu comentário de dois parágrafos atrás: pessoas como Luckey precisam ser presas o quanto antes.

Luckey afirma que o NeverGear não é perfeito, mas que tem planos para deixar o dispositivo protegido das tentativas da retirada do mecanismo de assassinato do usuário. E ele alerta que o dispositivo ainda tem uma série de problemas que podem resultar na morte do usuário na hora errada. Tanto, que ele não teve coragem de testar o gadget que ele mesmo inventou.

Deveria fazer isso. Só para mostrar ao mundo como ele é competente na arte de acabar com a vida alheia.

 

Precisamos refletir sobre isso mais a sério

Luckey afirma que o NeverGear é nesse momento “uma obra de arte em meu escritório”, mas também um lembrete dos caminhos inexplorados no mundo dos jogos, fazendo a conexão entre o virtual e real de forma plena.

A seguir, mais um pouco da sociopatia de Luckey para a apreciação do coletivo:

“A ideia de vincular sua vida real ao seu avatar virtual sempre me fascinou: você instantaneamente eleva as apostas ao mais alto nível e força as pessoas a repensar fundamentalmente como elas interagem com o mundo virtual e os jogadores nele. Os gráficos exagerados podem fazer um jogo parecer mais real, mas apenas a ameaça de consequências terríveis pode fazer um jogo parecer real para você e todos os outros nele. Esportes mundiais girando em torno de apostas semelhantes.”

Até onde sabemos, Luckey criou o primeiro dispositivo fruto da era “Jogos Vorazes” ou “Jogos Mortais”, onde o gadget seria o responsável por eliminar a vida de alguém em caso de derrota ou morte em um jogo no videogame. E ele mesmo afirma que o seu projeto “não será o último”, em tom de ameaça contra o mundo civilizado.

Pessoas como Luckey são seriamente perturbadas, e reforçam o argumento daqueles que entendem que um dos inimigos da sociedade é o videogame (e não os pais que cometem adultério e traição, deixando os seus filhos abandonados em casa).

O videogame nunca poderia ser considerado o culpado pela violência no mundo. No máximo, podem acusar os jogos de reproduzir a realidade ao nosso redor e, mesmo assim, os adultos seriam responsáveis de qualquer forma pelas tragédias cotidianas.

E, sinceramente… não é possível que nenhuma autoridade ou órgão competente e minimamente responsável não faça absolutamente nada para impedir que esse tipo de sandice se torne popular ou comum. Normalizamos a violência como um todo, e os resultados são essas aberrações em desfile.

Fica o registro. E que possamos refletir melhor sobre iniciativas absurdas como essa.


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