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Um servidor autossuficiente que extrai energia das raízes dos tomates

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Existem servidores de todos os tipos, e com as mais diferentes tecnologias de funcionamento. Porém, este projeto concebido no melhor estilo DIY (Do It Yourself) vai deixar você completamente sem palavras, e por causa de um único e muito relevante detalhe: ele funciona com tomateiros.

Eu estou falando bem sério.

Este é um servidor de computador como outro qualquer, que é autossuficiente, ou seja, funciona de forma independente e dispensando o uso de energia elétrica tradicional, já que toda a energia que ele precisa para funcionar é extraída das raízes dos tomates.

 

 

 

Uma vitória da tecnologia, e em vários sentidos

 

 

Como vocês bem devem imaginar, os servidores que armazenam uma grande quantidade de páginas web e sites inteiros consomem uma enorme quantidade de energia, já que precisam funcionar o tempo todo em modo de gerenciamento de dados em grande volume.

Ao mesmo tempo, esses mesmos servidores geram uma grande quantidade de calor, o que é algo bem óbvio por causa da sua natural demanda elevada.

Então, alguém pensou que deveria ter uma forma de aproveitar esses dois fatores de forma inteligente e sustentável, algo que é mais que bem vindo em um mundo que está entrando em colapso nas questões de sustentabilidade e consumo energético.

E quem criou esse servidor autossustentável foi o designer industrial Ilja Schamle. O nome do seu projeto é Warm Earth, e seu funcionamento é engenhoso e, ao mesmo tempo, genial.

O calor gerado pelo servidor é utilizado para aquecer a estufa onde os tomates crescem. Dessa forma, o Warm Earth entrega um ecossistema autossuficiente, combinando de forma harmoniosa a tecnologia e a natureza, que acabam coexistindo harmoniosamente. Algo bem difícil de se alcançar nos dias de hoje.

O servidor também utiliza painéis solares em suas laterais, mas estes não são utilizados para alimentar o servidor e seus componentes. A energia solar faz funcionar as luzes ultravioleta, que é o que permitem que as tomateiras realizem de forma adequada o processo de fotossíntese.

Porém, o grande segredo para o servidor funcionar de verdade é a célula de combustível microbiana vegetal, que foi desenvolvida pelos pesquisadores da Universidade de Wageningen (Holanda). Com a fotossíntese dos tomates, a luz do sol é convertida em energia química enquanto as plantas armazenam açúcares e proteínas.

Os nutrientes acumulados em excesso são expelidos pelas raízes das plantas e decompostos por bactérias específicas que, no processo, acabam convertendo esse material em energia ou elétrons, que são encaminhados para o ferro. A grade de carvão ativado no case do servidor funciona como um condutor para o processo de conversão para a eletricidade que alimenta o servidor.

O sistema só não é 100% autossuficiente por causa dos painéis solares que ajudam na fotossíntese dos tomates. Mesmo assim, toda a energia que alimenta o servidor vem das plantas.

O processo de manutenção do servidor se completa com um técnico que rega as plantas com água para tudo funcionar. Mas não espere que este servidor armazene todos os filmes da Netflix, pois a energia produzida pelas plantas é pequena demais, e só serve para armazenar uma única página da web.

Pode não parecer muito, mas se você tem uma página na internet é quer manter ela no ar sem gastar dinheiro com um servidor dedicado, ao menos agora você sabe que pode ter um servidor particular ao mesmo tempo que garante algum alimento saudável para a sua salada do almoço.

 

 

Via Yanko Design


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@oEduardoMoreira