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Uma Estrela Solitária ilumina a América a partir de agora

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Eu estava até tranquilo hoje, pronto para assistir a mais uma final da Copa Libertadores, sereno pelo fato do meu time não estar envolvido no jogo e, dessa forma, preparado para o entretenimento futebolístico.

Ledo engano.

Quando você gosta de esportes, se envolve com uma final que não tem o seu time, com a dinâmica da partida, toda a dramaticidade envolvida e com a disputa em si. Principalmente quando a conquista da Glória Eterna acontece de forma dramática.

Com sangue, supor e lágrimas.

No melhor estilo Botafogo de ser.

 

Mais de 90 minutos com um a menos

É quase inacreditável.

O Botafogo começou a conquistar a primeira Copa Libertadores de sua história… perdendo.

Todo mundo sabia que a final não seria fácil. Mas… precisava se tornar uma missão ainda mais difícil?

Uma expulsão com 50 segundos de jogo selou o destino do Botafogo e do Atlético Mineiro, pois a dinâmica do jogo mudou completamente. Não era esperado ver o time carioca partindo para cima, assumindo o controle do jogo e o protagonismo das ações ofensivas no primeiro tempo.

Acredito que nem mesmo o Atlético Mineiro esperava por isso.

Mas estamos falando de futebol. E o mais ousado foi premiado.

Dois gols no primeiro tempo foram duas estocadas no coração dos torcedores mineiros. Ali, o Botafogo mostrou que estava disposto a correr riscos e cair atirando.

Um time que correu muito mais no primeiro tempo para construir essa vantagem.

É óbvio que o Atlético Mineiro voltou melhor e mais ofensivo no segundo tempo. E também ninguém esperava o primeiro gol do time tão rápido após a volta do intervalo.

E mesmo com todas as chances de gol perdidas pelo Atlético, o Botafogo foi valente. Fez um jogo defensivo quase perfeito, manteve os nervos no lugar e prevaleceu.

Foi tão superior, que matou o jogo com um terceiro gol no final.

Tinha que ser assim.

 

A Glória Eterna para o mais valente

No final da partida, o meu eu das 17h aparentemente tranquilo estava quase chorando diante da televisão com o que acabava de assistir.

Uma final excelente. Um jogo de futebol fantástico. E a felicidade genuína dos torcedores que foram até Buenos Aires para transformar a capital da Argentina em um pedaço do Brasil.

E as lágrimas dos 50 mil torcedores no Estádio Nilton Santos.

Era impossível não se emocionar.

Como um ser que aprendeu a amar os esportes de um modo geral, me senti contemplado com um jogo fantástico. E feliz pela felicidade alheia.

Com todo o respeito do mundo aos torcedores do Atlético Mineiro, que precisam ser conscientes que o time fez uma campanha fantástica, a ponto de eliminar a melhor campanha da Libertadores 2024 (o River Plate) nas semifinais.

Mas o Botafogo mostrou uma resiliência comovente e emocionante. Digna do gigante que é no futebol brasileiro.

O melhor time venceu a Copa Libertadores pela primeira vez em sua história, honrando o legado de gerações de jogadores fantásticos e torcedores apaixonados.

Hoje, uma Estrela Solitária ilumina a América como campeã do continente.

E a melhor parte de tudo isso é que, para nossa sorte, essa estrela certamente é Garrincha, um dos maiores da história.

Sim. Garrincha deve estar muito orgulhoso neste momento.


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