Um estudo recente sugere que a velocidade da fala pode ser um marcador precoce do risco de Alzheimer. E se isso realmente for verdade, eu estou ferrado como um todo, já que a minha dicção está desacelerando aos poucos.
Os investigadores observaram que a velocidade da fala é mais correlacionada com o estado cerebral do que as pausas no discurso. O que faz um certo sentido e, ao mesmo tempo, entra em contraste com aquilo que era tido como entendimento comum sobre o assunto até agora.
Vamos entender melhor como esse estudo traça a sua linha de raciocínio ou entendimento, e tentar definir o que pode vir para o futuro do diagnóstico precoce do Alzheimer no ser humano.
A Inteligência Artificial está envolvida nisso (também)
O estudo utilizou a IA para analisar as gravações de fala dos participantes, identificando padrões como a velocidade, a duração das pausas e a diversidade do vocabulário.
Escrevi recentemente um artigo no TargetHD.net falando sobre como o ChatGPT antecipou não apenas qual seria a seleção campeã da Eurocopa 2024, mas também qual seria o resultado da final (Espanha 2 vs 1 Inglaterra).
Naquele artigo, mencionei que o ChatGPT levou em consideração não apenas os dados históricos e estatísticos, mas principalmente os padrões de desempenho de cada seleção para alcançar aquele resultado.
Logo, é crível pensar que a IA, que está evoluindo na análise dos padrões e não nos dados frios, comece a analisar outras características que podem indicar de forma precoce que uma doença específica pode se desenvolver naquele indivíduo.
O estudo também incluiu pré-testes cognitivos convencionais e uma prova de interferência palavra-desenho, onde os participantes deviam nomear um objeto enquanto escutavam uma palavra diferente.
Os resultados
Claire Lancaster e Alice Stanton, duas especialistas em demência da Universidade de Sussex, reinterpretaram os dados do estudo, sugerindo medidas alternativas para analisar o fenômeno da “ponta da língua”, como tarefas de fluidez verbal e medidas subjetivas de dificuldade para encontrar palavras.
O estudo foi realizado em uma variedade de pessoas de diferentes idades, mas em um momento específico no tempo. Conhecer a evolução das habilidades cognitivas ao longo do tempo requer um monitoramento prolongado do paciente.
No meu caso em particular, estou detectando uma certa dificuldade de articulação de palavras na hora de gravar os vídeos para os meus canais do YouTube, além de uma perda de dicção pontual.
Sei que isso pode ter acontecido pelo tempo que fiquei parado durante a pandemia, tanto das atividades de música quanto das próprias plataformas digitais (já que fiquei um tempo sem produzir conteúdos em áudio e vídeo).
Porém, como tenho na família casos de Alzheimer (avó paterna, mãe, tia por parte de mãe, etc.), já me preocupo com um futuro diagnóstico comigo.
Ou seja…