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Viber e Telegram, em modo ‘não sabe brincar, não desce pro play’ #barraqueiros

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Os gerentes de social media de certas empresas de tecnologia estavam muito excitados nessa última semana. A possibilidade do WhatsApp ser bloqueado no Brasil (por conta de uma decisão de um juiz do Piauí, que nem vou entrar muito em detalhes, pois já foi derrubada – graças ao bom senso) fez com que Viber e Telegram aparecessem como alternativas para os usuários. E disputaram esse público a tapa. (Quase) literalmente.

As contas das redes sociais no Brasil discutiram publicamente, mas tudo ‘na zoeira’. Ou pelo menos todo mundo acreditava nisso. Porém, quando o Viber citou as supostas falhas de segurança do Telegram, os russos não gostaram nada disso. Pavel Durov colocou o ‘duro’ (sem trocadilhos) na mesa, e afirmou que ia fazer o Viber engolir suas palavras. Ou seja, pode rolar processinho por aí, para a nossa alegria (ou não, pois é sempre chato cobrir essas disputas judiciais envolvendo empresas de tecnologia… acredite… é mais legal falar de outras coisas).

Entendo que as provocadas deram resultado para os dois serviços. A Bia Kunze comentou em sua conta no Twitter sobre o salto repentino de usuários novos na sua lista de contatos do Telegram, e o Viber certamente registrou um considerável aumento de usuários. Aliás, rolou até boato que o bloqueio do WhatsApp seria uma ‘estratégia política’ para evitar que as pessoas se comuniquem durante um eventual período de protestos.

Nem preciso dizer para vocês não caírem nessa, certo? Vocês são inteligentes.

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De qualquer forma, como vivemos no mundo da ‘zoeira never ends’, acho que o Durov não precisava ficar tão nervosinho com as palavras do Viber. Afinal de contas, qualquer smartphone é considerado vulnerável se o usuário ficar baixando pornografia, instalar aplicativos suspeitos, ou deixar nas mãos de uma criança irresponsável. Não é necessariamente um aplicativo de comunicação que vai violar seus dados ou ferrar com a segurança do sistema.

Até o WhatsApp em mãos erradas pode virar uma arma de destruição em massa.

É claro que ver as alfinetadas entre as duas empresas é bem mais divertido do que falar sobre a disputa judicial que as mesmas podem se envolver por conta das palavras ditas (ou mal ditas/mal interpretadas). O próprio Durov depois deu uma alfinetada no Viber, chamando a postura da empresa de ‘patética’, já que o seu aplicativo não está listado nem entre os 12 mais baixados do iOS no Brasil. Já o Telegram é o primeiro.

Quer propaganda melhor do que essa?

Logo, crianças do Viber e do Telegram, executivos e responsáveis pelas contas de social media das duas empresas… relaxem! Já que vocês entraram no ‘módulo zoeira’, aguentem as consequências. Dediquem seus esforços em oferecer serviços cada vez melhores para os seus usuários, e que justifiquem a troca do WhatsApp por uma dessas opções. Nada de ficar com briguinhas desnecessárias e ameaças de processo, ok? Não precisamos disso.

Aproveitem o momento de insegurança sobre o WhatsApp (particularmente não acho que ele será banido do Brasil, mas vai que…) e promovam os seus produtos de forma tranquila. Ou de modo que os usuários escolham livremente. Deixar essa impressão de briga de playground nunca é a melhor opção.


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@oEduardoMoreira