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Você sabia que o Game Boy Color poderia ter se transformado em um smartphone?

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O Game Boy era um objeto de desejo que eu nunca tive. O mais perto que estive de um console portátil da Nintendo foi quando joguei algumas partidas de Tetris com uma unidade emprestada de um amigo.

O tempo passou, eu nunca tive dinheiro para comprar um Game Boy, e o interesse em ter o videogame portátil diminuiu. Mesmo assim, escrever sobre suas peculiaridades alimenta a minha alma de geek nostálgico.

Neste post, quero contar de forma breve a tentativa da Nintendo em transformar o Game Boy Color em um smartphone. E, por mais inusitado que isso possa parecer em 2021 (quase 2022), essa é uma das melhores ideias que a Big N poderia ter no final dos anos 90.

 

 

 

Um videogame portátil que quase se transformou em celular

No final da década de 1990, todos estavam com os olhos voltados para a telefonia móvel, pois era de entendimento comum que essa era uma enorme mina de dinheiro. E o tempo mostrou que todo mundo estava certo.

Naquela época, a Nintendo flertou com a possibilidade de lançar no mercado um acessório para o Game Boy Color que poderia transformar o console portátil em um smartphone. Seu nome era Nintendo Page Boy e oferecia aos usuários recursos como acesso à internet, envio de mensagens e e-mails, compartilhamento de fotos registradas pela Game Boy Camera e até mesmo assistir transmissões ao vivo.

Era um produto tão à frente do seu tempo, que é difícil acreditar que a Nintendo estivesse pensando em seu lançamento. Não que ela não fosse capaz de desenvolver e lançar um produto assim, mas não no final dos anos 90.

De qualquer forma, o curioso dispositivo foi estuado, desenvolvido e descartado sem chegar a ter um protótipo. E só foi descoberto agora por Liam Robertson, jornalista especializado em videogames que, para nossa felicidade, compartilhou a descoberta em vídeo na série Game History Secrets, em exibição no seu canal do YouTube.

 

 

 

Muito à frente do seu tempo? Ou a Nintendo foi impaciente?

De acordo com Robertson, a ideia para o Page Boy apareceu no Reino Unido, e tem seu funcionamento baseado na tecnologia de rádio bidirecional para obter acesso à internet. A ideia foi apresentada para os diretores da Nintendo nos Estados Unidos, e depois de um desenvolvimento inicial e pesquisa para um lançamento comercial, entendeu-se que o acessório poderia custar US$ 50 se algum dia chegasse ao mercado.

O projeto do Page Boy se manteve vivo dentro da Nintendo entre 1999 e 2002, mas apesar de ser bem intencionado, ele tinha um problema sério: o sistema só funcionava com redes de rádio que ainda não estavam bem desenvolvidas ao redor do mundo naquela época, o que limitava o uso do acessório a algumas regiões dos Estados Unidos.

Na época, o pensamento da Nintendo era que o sucesso dos seus dispositivos e videogames estava no fato dos mesmos poderem ser utilizados em qualquer parte do mundo, algo que o Paper Boy não fazia e, por conta disso, o projeto foi descartado.

Agora… pense um pouco: se a Nintendo fosse um pouco mais paciente e gastasse mais algum tempo lapidando o Paper Boy, imagine como ela poderia ter largado MUITO na frente nessa história de videogames portáteis conectados.

Mesmo sem lançar o produto no mercado, poderia faturar pilhas de dinheiro com a patente da ideia.

Enfim… tudo aconteceu como tinha que acontecer.


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@oEduardoMoreira