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Transformers (2007) | Cinema em Review

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A mesma regra: para chegar em Transformers: O Último Cavaleiro, temos que passar por outros quatro filmes. E tudo começa em Transformers.

Eu me lembro muito bem. Quando anunciaram que teria um filme live action baseado em Transformers, eu pirei na hora. Nem era algo que eu esperava, mas que seria muito bem vindo. Afinal de contas, estamos falando de um dos desenhos mais populares da década de 1980, responsável pelas vendas de vários itens da Hasbro em todo o planeta. Muitos de nós mais velhos compramos carrinhos que se transformavam em robôs, e achávamos isso o máximo.

Ou seja, tinha tudo para dar certo. Era bem difícil dar errado. E nesse primeiro filme, Transformers deu muito certo, mesmo com algumas ressalvas na sua trama. E quem sou eu para dizer que um filme que faturou sete vezes o seu orçamento foi um fracasso? De jeito nenhum!

O filme apresenta a história da inteligência alienígena automatizada ou Autobots, que buscam um cubo de energia que poderia enviar alguns dos seus integrantes de volta para o seu planeta de origem. Mas eles não eram os únicos que queriam o poder desse cubo (que, por sinal, era o poder do universo, logo, um poder ilimitado): os Decepticons, inimigos mortais, também buscavam o elemento.

Que, obviamente, estava perdido aqui na Terra (mesmo porque, sem isso, não temos história).

 

 

Quando Sam, um garoto comum e meio boboca, recebe de presente um carro velho do pai (que ao longo do filme se transforma em um lindo e atualizado Camaro amarelo), ele recebe junto um pacote de problemas. Não bastando o carro se transformar em um robô gigante, o óculos que ele herdou do seu tataravô traz gravado os dados da localização do cubo de energia encontrado por ele no começo do século passado. Com tantas conexões tão oportunas, Sam se vê no centro da disputa entre robôs gigantes que podem matá-lo a qualquer momento.

Para atrapalhar ainda mais, o governo norte-americano, cheio de segredos e metido a saber de tudo, deixa de bobeira que os Decepticons despertem do sono o seu principal líder, Megatron, adormecido a algumas décadas. Para nossa sorte, Optimus Prime, líder dos Autobots, está na Terra para nos salvar.

Transformers tem um roteiro OK para um blockbuster. Seu final é previsível, mas a caminhada que o filme faz para chegar até essa resolução é bem interessante. É um filme que joga para a galera em vários aspectos: trilha sonora recheada de referências à cultura pop, personagens descolados, um protagonista meio bobão e carismático, a gostosa, o soldado do Exército ultra eficiente, o agente do FBI arrogante e metido a sabe tudo, os nerds dos computadores… enfim, todo mundo vai se sentir representado de alguma forma pelo elenco do filme.

A trama tem suas barrigadas. Decepticons que precisam esperar pelo despertar de Megatron para colocar o terror na Terra, estudantes que são convocados pelo SECRETÁRIO DE DEFESA (gente, no mundo real isso não acontece nem ferrando), robôs que usam a internet para localizar pessoas e não para localizar o cubo (sendo que a expedição do tataravô de Sam é, teoricamente, uma informação facilmente encontrada na internet), amigos que desaparecem ao longo do filme (porque são totalmente descartáveis…).

Mas… quem se importa?

 

 

Para o que se propõe a entregar, Transformers é um filme divertido. Protagonistas carismáticos, ótimas cenas de ação, cenas de lutas entre robôs excelentes, sem falar nos efeitos especiais envolventes. Nesses aspectos, Michael Bay entrega um ótimo filme, que apesar do espetaculoso apresentado nas cenas de ação (Sam quase morre umas 50 vezes, cenas de destruição, tiros, porradas e bombas, etc) é um filme que diverte na maior parte do tempo.

O texto é ágil e bem humorado, mostrando o que seria uma tendência dos filmes de ação e adaptações para o cinema de histórias da TV daquele ponto em diante. E, por mais que a gente queira criticar a falta de propósito da franquia hoje, temos mesmo que reconhecer que Transformers ajudou a marcar uma tendência do que viria a seguir no universo cinematográfico.

 

 

Valeu a pena ter assistido mais uma vez essa obra de Michael Bay, produzido pelos produtores de Once Upon A Time. E aposto que essa informação ajudou você a explicar muitas coisas que você viu em cena.

E, esse filme, todo mundo ainda estava feliz. Michael Bay mal sonhava com os problemas que teria no futuro com Shia LaBeuf e Megan Fox.


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@oEduardoMoreira