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As selfies no lugar dos autógrafos

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Apesar do presidente dos Estados Unidos Barack Obama ser considerado um “geek” (mesmo usando um BlackBerry… #bullying), e a Casa Branca ser uma notória usuária das redes sociais (com momentos importantes, como um dos tweets mais compartilhados da história), ele mesmo se tornou avesso às selfies. Muita gente achava que a moda das auto fotos seria algo passageiro, mas não foi. Persistindo, perdurando e tirando o sono de muita gente.

Obama não está sozinho. Algumas celebridades não gostam desse tipo de abordagem principalmente pelo fato de, em muitos casos, o registro ser feito em um momento onde a pessoa não está nas melhores condições físicas, emocionais e estéticas, e nem todos gostariam de ter a sua imagem registrada em um momento onde sua aparência não é das melhores. Algo até compreensível, pois conheço um monte de gente que costuma se arrumar muito para tirar qualquer foto.

Como hoje qualquer smartphone tem uma boa câmera, e boa parte das câmeras frontais dos modelos mais recentes se tornaram muito boas para essas fotos casuais, a prática de registrar uma foto com uma determinada celebridade se tornou algo relativamente comum. Não é surpresa ver alguém abordando um famoso na rua para tirar uma foto. Pode ser deselegante, dependendo da situação. Mas não podemos mais dizer que é atípico.

Tudo nessa vida tem os dois lados da moeda. Eu particularmente gosto das selfies sim. É uma forma prática e despojada de você registrar que você esteve com aquela pessoa em um momento marcante, ou em algum evento. Nesse caso, acho esse tipo de registro válido. Até porque todas as partes envolvidas estão dispostas a entrar no mesmo registro de imagem (na teoria).

Já no caso das celebridades, a coisa começa a complicar um pouco. Eu procuro evitar fazer o registro com uma pessoa famosa, justamente por não saber se ela está disposta a fazer uma foto naquele momento. Sei lá… é uma pessoa que a gente mal conhece, e que tem manias e particularidades como qualquer outro ser humano. Procuro evitar o constrangimento dos dois lados para evitar problemas e causar uma boa impressão com aquela pessoa. Mesmo que nunca mais eu volte a estar fisicamente com essa pessoa.

Já testemunhei algumas coisas constrangedoras durante a minha vida de blogueiro de tecnologia. Vi colegas que deveriam manter uma determinada postura mais comedida, com um pouco mais de profissionalismo, tietarem explicitamente pessoas não muito interessadas na puxação de saco. Sabe, algumas celebridades só vão até o local para falar sobre o que vei fazer e sobre o seu trabalho, e nada mais. Não querem ser “amigonas” de pessoas que nem conhece.

Eu compreendo isso, apesar de achar que o fato de ser famoso não dá a ninguém o direito de ser antipático.

Mas… falando das selfies no lugar dos autógrafos.

 

Esse é um aspecto da tecnologia que pode mudar os hábitos da maioria das pessoas, mas talvez não mude os receios dos atingidos por tal prática. No passado, algumas celebridades evitavam dar autógrafos por não saberem qual seria o fim que o seu autógrafo teria. Muitos chegaram a fazer qualquer rabisco em um pedaço de papel, apenas para não ter a sua assinatura ou rubrica em uso contra si, nos mais diversos aspectos.

Agora, muitos não gostam das selfies. Seja pela inconveniência de tirar uma foto sem estar na sua melhor condição, ou porque não querem ter a sua foto ao lado de alguém que não conhece, ou porque gosta de comercializar a sua imagem, e não quer cedê-la de graça para um desconhecido.

Como podem ver, a tecnologia pode mudar muitas coisas. Menos a natureza humana sobre suas preferências e hábitos.


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@oEduardoMoreira