Um estudo publicado pelo Washington Post revelou que o consumo moderado de marijuana (ou cannabis) é mais de 100 vezes menos perigoso que o álcool, tabaco ou cocaína, no seu nível de toxinas. O estudo enfatiza que, se as autoridades realmente querem combater os riscos das drogas para a saúde, a maconha não deveria ser a prioridade, mas sim o álcool, seguido do tabaco.
O resultado do estudo não é algo surpreendente. Em pesquisas anteriores foi comprovado como as toxinas associadas à marijuana não eram em níveis dos mais elevados, sendo menor do que a de outras drogas lícitas. Dessa vez, o método foi diferente, mas com as mesmas conclusões.
A marijuana demonstrou ser a substância menos tóxica, se levarmos em conta um consumo moderado (seja lá o que isso significa) em relação à dosagem máxima, que provocaria a morte. Ou seja, das drogas analisadas no estudo, a margem de segurança da maconha foi a maior, com uma diferença muito grande para as demais.
A margem de segurança individual da marijuana foi superior a 1.000, enquanto que o álcool, a nicotina ou a heroína se localizam na faixa de máximo risco, com uma margem inferior a 10. Para se ter uma ideia, a margem de risco de uma aspirina fica em 1/30.
Porém, uma coisa precisa ficar muito clara: isso não quer dizer que a marijuana não é uma substância nociva. O delta 9 tetrahidrocannabinol é um psicoativo muito potente, que ao ser consumido afeta os receptores cerebrais CB1 e CB2 de diversas estruturas do cérebro, com uma série de efeitos neurofisiológicos que dependem da quantidade inegerida e da frequência.