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Professor que usa o ChatGPT para pegar aluno que fez redação no ChatGPT está fracassando na escola da vida

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Professores…

Eu gosto de vocês, e serei eternamente grato por me oferecerem as ferramentas necessárias para ser alguém na vida. Ou por pelo menos me tornar alguém minimamente alfabetizado para escrever um monte de bobagens na internet e, de quebra, ganhar dinheiro com isso.

Mas… vou dar uma dica para vocês: estão errando feio e rude na tentativa de pegar os seus alunos trapaceando na escola com a ajuda do ChatGPT.

Eu sei… é revoltante perceber que qualquer idiota pode aprender tudo em três dias e ir bem nas provas…

…mas tentar usar o ChatGPT para descobrir quem usa o ChatGPT na escola é um erro grosseiro. Vou me explicar melhor a partir de agora.

 

Corrigindo trabalhos escolares com o ChatGPT

Um professor de uma universidade no Texas (EUA) teve a infeliz ideia de avisar os seus alunos que iria usar o ChatGPT para verificar os trabalhos de escola deles, pois a inteligência artificial iria denunciar se o conteúdo foi ou não gerado por este software.

A (corajosa) ameaça do professor foi além: “não vou dar nota para a merda (palavras do professor) gerada por IA, e vou dar um X para todo mundo nessa classe”, onde X indicava que o curso não foi concluído.

É claro que essa ameaça patética viralizou no Reddit. Afinal de contas, todo mundo está lá para ver adultos se ferrando mesmo (entre outras coisas).

Bom, como eu disse um pouco antes, o professor estava falhando miseravelmente na tentativa em pegar os seus alunos trapaceando com a IA. E o motivo é bem simples…

 

O ChatGPT não serve para detectar cópias

O professor estava copiando os textos dos alunos, colando no ChatGPT e perguntando para a IA se aquele texto foi produzido por ele.

O problema é que o ChatGPT não foi feito para isso. Outros sistemas de IA como o Winston AI ou o Content at Scale até conseguem detectar esse tipo de plágio, mas não a ferramenta da Open AI. E quanto mais o tempo passa, mais difícil fica identificar esse tipo de texto.

E no futuro, será impossível distinguir um texto original de algo que foi produzido por uma inteligência artificial.

Alguns alunos se safaram, e outros reenviaram suas redações para evitar problemas. Por enquanto, a escola desse professor não está suspendendo ou impedindo os alunos por e pelo uso da IA, mas está desenvolvendo medidas para evitar “o uso indevido da tecnologia em sala de aula”.

No final das contas, a universidade não vai suspender as notas dos alunos, já que o professor agiu fora do protocolo e utilizou de forma inadequada o ChatGPT.

E, sinceramente, eu estou adorando o plot twist que esse caso teve.

De qualquer forma, a mesma universidade vai adotar ferramentas para detectar conteúdos produzidos por IA, mas garante que pretende introduzir essa tecnologia no processo de ensino superior.

 

Tentando entender os dois lados da questão

Caro professor… eu te entendo!

Você ganha mal, trabalha várias horas por dia, tem que aguentar alunos malcriados e pais desleixados para, no final desse verdadeiro hellraiser da vida, ter a sua inteligência subestimada por um vagabundo que tenta passar a perna em você utilizando o ChatGPT?

É algo realmente revoltante.

Por outro lado, não dá para negar ou impedir que os alunos utilizem a tecnologia no processo educacional. A inteligência artificial chegou para ficar, e você, amigo professor, terá que lidar com isso.

Quem sabe não chegou a hora de repensar os métodos de avaliação e até mesmo as mecânicas de ensino em sala de aula? Será que não chegou a hora de deixar as arcaicas provas de lado?

Será que não está na hora de começar a avaliar os alunos pela realidade prática e cotidiana da sala de aula, medindo o seu desempenho em cada tarefa ou atividade? Ou isso dá muito trabalho?

Bom, só estou jogando a ideia no ar. Fica a dica para os profissionais da educação refletirem sobre o assunto.

Ou então continuem a aplicar provas que qualquer imbecil pode decorar as respostas em uma semana porque usou uma inteligência artificial para estudar os principais pontos, deixando o professor completamente obsoleto no processo de aprendizado.

E eu ainda acho que a dona Maricota, professora da sétima série de geografia, com mais de 20 anos de sala de aula, vai ficar revoltadíssima com a minha opinião sobre esse tema razoavelmente polêmico.


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