Star Wars é, sem sombra de qualquer dúvida, a maior franquia da história do cinema em sua história. Goste você ou não. Queira você ou não. É uma verdade incontestável.
Não falo apenas pelos números. Os números são enormes, expressivos. Mas um número é o mais relevante: mais de 40 anos de história.
Qual franquia cinematográfica perdurou por tanto tempo?
Se longevidade não te convence, vamos aos números mais expressivos. Nos últimos três anos, as três maiores bilheterias foram de filmes da franquia Star Wars. OK, a era Disney ajuda e muito. Mesmo assim, é uma franquia que tem a força de uma enorme base de fãs que não só se fazem presentes ao longo de 40 anos, mas também porque passaram essa paixão para outras gerações.
Hoje, vemos pessoas de 14 até 80 anos nas salas de cinema para ver os filmes da franquia. Nenhuma franquia do cinema consegue isso hoje com tanta consistência.
Um dos grandes trunfos que Star Wars sempre soube administrar muito bem ao longo dessas décadas é o trabalho de merchandising. Aliás, foi o que fez George Lucas se tornar um multimilionário, pois ficou com os direitos de qualquer produto promocional relacionado à franquia.
Ele até podia não saber o que estava fazendo, mas sabia do potencial mediático da história. De fato, ele jamais imaginou que Star Wars daria tão certo. Mas aconteceu. E continua a acontecer.
O falatório espontâneo gerado pelos exigentes fãs de Star Wars por causa dos últimos três filmes da franquia na era Disney já mostram o quanto essa franquia tem força.
Tudo bem, a segunda trilogia (episódios, I, II e III) eu prefiro esquecer que existem. Tudo poderia ser resumido ao terceiro filme, que foi o que realmente valeu a pena dentro do contexto esperado. Mesmo assim, os filmes I e II existem, “apresentando” a história como ela foi teoricamente idealizada.
Mas… vamos falar dos três últimos filmes lançados, ou da tal era Disney de Star Wars.
O Despertar da Força foi acusado de ser uma cópia de Uma Nova Esperança (na sua estrutura narrativa). Rogue One chegou a ser considerado “qualquer coisa, menos Star Wars”. E Os Últimos Jedi, que decide mudar algumas peças no jogo da história contada, recebeu críticas daqueles que não entendem que tudo muda nesse mundo com o passar do tempo.
Seja pelos motivos certos ou torpes (porque eu mesmo acho que tem muito fã xiita de Star Wars chato pra c*r*lh* mimizento que nem entende muito de Star Wars pra falar as m*rd*s que fala), fato é que só essa franquia consegue causar essa relação recente de amor e ódio que vimos nos últimos três anos. É certo que tem muita gente que não gostou das decisões criativas tomadas, mas também é certo que tem muita gente com ranço da Disney por ter mexido no queijinho do George Lucas.
Eu entendo. É o reflexo de uma geração que ainda vai crescer e aprender.
Boa parte daqueles que reclamaram sobre os destinos tomados para Star Wars ainda não entenderam que as pessoas mudam muito com o passar do tempo. Que as coisas mudam. Que a vida muda. A evolução é inevitável, e o novo sempre vem para resolver tudo. E nisso, Star Wars está sendo absolutamente coerente.
Por fim, Star Wars é uma franquia única. Talvez o meu temor esteja no desejo da Disney em fazer da marca uma galinha dos ovos de ouro eterna, sem se importar com o legado adquirido, entregando resultados que só visam o lucro, e não em manter esse legado. O filme baseado em Han Solo é uma temeridade, e uma nova trilogia pode ferir de forma sensível a imagem que temos sobre essa espetacular história.
Mesmo assim, vamos acreditar que, no final, tudo vai dar certo.
Star Wars é tão grande, que deixou filosofias de vida que muitos trouxeram para sua existência, crescendo com elas e assimilando como verdades inescapáveis tais lições.
A jornada do herói. “Faça ou não faça. Não existe o tentar”.
“Que a Força esteja com você”.
Qual franquia de filmes consegue tal impacto nos seus fãs?
Apenas Star Wars consegue.