No caso específico de Futurama, a volta sempre foi especulada, mas nunca pela Fox, e outros canais, apesar de cogitarem a volta, nunca realmente se prontificaram a assumir a bronca. Enfim, o Comedy Central teve essa coragem, e em 26 de junho, depois de 7 anos longe das telas, Futurama voltou… e que volta!
Antes, vale aqui registrar que, quando a série estreou pela primeira vez em 1999, Matt Groening, seu criador, queria inovar novamente. Depois de revolucionar o mundo da animação, criando a maior série animada da história da TV (The Simpsons), ele resolveu criar algo novo, algo que, mesmo sendo adulto, tivesse na sua concepção um sonho que muita gente tem quando criança: conhecer o futuro.
Com isso, ele conseguiu criar um universo futurístico espetacular, cheio de alternativas e soluções que todos nós sonhamos, além de muito bom humor e sarcasmo com todas as facetas da história da Humanidade. Futurama, definitivamente, era algo diferente: personagens carismáticos, piadas engraçadíssimas, referências diversas à cultura pop, política, estilo de vida… tudo em perfeita sincronia, e com um trabalho de produção elevado para a época, pois foi uma das primeiras séries animadas a usar recursos de animação para transmissão digital e de alta definição.
Na sua temporada de estreia, teve uma audiência média de assustadores 19 milhões de média, e quando foi cancelada, estava na faixa dos 6 milhões. Mas nunca deixou de ser uma série atraente, engraçada, irreverente. E é ótimo saber que, depois de 7 anos, seus produtores não perderam o espírito esportivo de rir de tudo e de todos.
Inclusive de rir da Fox, que eles chamam de idiotas nos primeiros segundos do episódio de retorno (S06E01 – Rebirth), por cancelarem a série. O mais bizarro disso tudo: apesar de, agora, a série ser exibida pelo Comedy Central (que eles também chamam de idiotas, por trazerem a série de volta), ela continua sendo produzida pela 20th Century Fox.
O retorno é convincente, mas para manter a tradição da série, usa uma solução científica e, um tanto quanto absurda, para justificar o retorno de todos os personagens ao planeta Terra. E isso é ótimo, pois tudo voltou: Fry, Bender, Leela, Zoidberg… todos os personagens que aprendemos a acompanhar nas primeiras 5 temporadas, com o mesmo sarcasmo, cara de pau, idiotices e chatices que são característicos de cada um deles. Inclusive com o elenco principal de dubladores de volta à ativa.
Piadas com Richard Nixon, com células tronco, com iPhone, com o Twitter… tudo muito atual, e com as conexões perfeitas com aquilo que a série sempre teve como mais forte: tirar sarro de tudo e de todos, mas com uma proposta de dizer ao mundo que “sim, somos modernos e atuais”. Afinal, Futurama pode isso. Dá até a impressão que é o grupo de amigos que volta a visitar sua casa, depois de uma longa viagem. Posso dizer que poucas vezes o renascimento de uma série foi tão esperada, e tão prestigiada também: a exibição da premiere da 6a temporada garantiu ao Comedy Central a maior audiência da noite da quinta-feira de sua história. E, se você ainda não viu, veja. É diversão garantida!
Enfim, Futurama está de volta. Volta para, pelo menos, mais duas temporadas de 13 episódios (inicialmente, era uma temporada de 26, mas depois, foi feito o acerto da divisão igual dos episódios, além de um episódio especial de final de ano). Se o sucesso da série continuar (e, ao que tudo indica, o Comedy Central era o lugar perfeito para a volta de Futurama), a tendência é que vamos ter as aventuras daqueles malucos da Planet Express por um bom tempo. Para a nossa alegria:
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