Tentar adivinhar o futuro é sinônimo de fracasso em mais de 90% dos casos. E foi o fracasso que a Microsoft encontrou ao imaginar em 2009 como seria a tecnologia de 2020. E a empresa pecou pelo otimismo.
O vídeo produzido pela Microsoft Office Labs mostrava um futuro sem teclado e mouse, telas e superfícies touch dominando tudo e um festival de imagens futuristas que não estamos nem próximos de ter em 2020.
Um Minority Report bem exagerado
O vídeo mostra vários cenários com pessoas interagindo com dispositivos de um futuro que é muito mais distante que o 2020 que vivemos. As grandes telas sensíveis ao toque (e transparentes) dominavam tudo, com toda interação com o software acontecendo através de controles de toque.
Mas nem tudo são espinhos aqui. A Microsoft acertou em algumas previsões, como por exemplo no recurso de tradução simultânea entre idiomas ou a existência de telas sem bordas.
Já outras coisas só estão ali para chamar aa atenção, como um cartão de embarque em forma de tela touch, algo redundante considerando que o nosso smartphone já faz isso (permite que o usuário armazene o cartão de embarque nele, mostrando o QR Code ou a versão digital do mesmo).
E o filme de ficção científica continua, com uma interface touch combinada com uma interface de gestos para o escritório, chamadas de vídeo em uma tela e compartilhamento de localização na outra, e até um smartphone dobrável similar ao Motorola Razr ou o Samsung Galaxy Z Flip que temos hoje.
Ou seja, quando a Microsoft acertou, conseguiu surpreender.
Conceitos preliminares de realidade aumentada em smartphones e tablets também são apresentados, mas o trabalho em um desktop pessoal 100% touch jamais chegou a ser algo popular. Tudo bem que a mesa Surface hoje é um nome conhecido, mas nem de longe é um produto que pode ser considerado de amplo uso nos escritórios.
Até os copos mostravam informações e eram touch. Telas flexíveis também são usadas para enviar conteúdos, e outros ajustes mirabolantes das mentes criativas da Microsoft em 2009.
Alguns acertos, mas muito otimismo
Mais um acerto do vídeo é a parede que monitoriza o uso energético da casa, com energias armazenadas em baterias ou na rede elétrica, intercambiando entre esta e a energia solar. Sem falar em todas as interações da inteligência artificial que o vídeo demonstra.
No final das contas, a Microsoft até que entregou alguns acertos na sua visão de 2020. Porém, são conceitos muito mais imaginativos do que baseados em uma realidade prática, principalmente quando projetado para um futuro a curto prazo.
Agora, imagine se toda a nossa tecnologia nesse momento estivesse baseada em um conceito de toque… em um ano como foi 2020!
A humanidade estava perdida!
https://youtu.be/t5X2PxtvMsU
Via Microsoft