A BlackBerry, definitivamente, não é mais a mesma. Primeiro, abandonou o seu sistema operacional próprio. Agora, coloca a fabricação dos produtos nas mãos de terceiros. Como é o caso do BlackBerry DTEK50.
O modelo é fabricado pela TCL, que por sua vez é responsável pela Alcatel, que por sua vez concebeu o Alcatel Idol 4, modelo que serve de base para esse smartphone dos canadenses. E o desafio pela sobrevivência no mercado móvel continua.
Missão nada fácil: entregar segurança máxima ao Android
Por ser um sistema de código aberto, o Android naturalmente está mais sujeito à vulnerabilidades e ameaças virtuais. Soma-se a isso o natural interesse dos cibercriminosos em encontrar brechas no sistema operacional mais utilizado no planeta, e podemos compreender rapidamente o quão complexo é proteger qualquer dispositivo das ameaças do mundo conectado.
Tudo bem que a BlackBerry é, historicamente, bem sucedida nessa questão de segurança de dados. Por anos os setores empresarial e corporativo deram prioridade para as suas soluções, especialmente nos segmentos de trocas de mensagens instantâneas e e-mails.
Mas agora, a conversa é outra. Estamos falando dessas soluções funcionarem no Android. É possível imaginar os canadenses realizando um bom trabalho nesse aspecto. Mas… até que ponto?
A segurança é o único real argumento a favor do BlackBerry DTEK50
Pode não parecer, mas essa questão da tecnologia de proteção de dados passa a ter um papel crucial no BlackBerry DTEK50. Sem isso, ele é um smartphone bem comum. Um Alcatel Idol 4 por excelência. E nada mais.
Mesmo contando com aplicativos pré-instalados pensados nas atividades empresariais e corporativas, a verdade é que seu apelo geral se baseia quase que exclusivamente na segurança das informações. Se isso não funcionar direito, a BlackBerry terá sérios problemas para recuperar sua imagem.
O que conta a favor dos canadenses é que eles já se mostraram competentes nesse aspecto. Suas soluções de segurança para Android são bem vindas, e algumas delas estão presentes até em modelos da concorrência (aka Samsung).
Quem sabe a empresa não deveria abandonar de vez o mercado de hardware mobile, apostando todas as fichas no segmento de software de segurança para smartphones? Aqui é um setor onde eles efetivamente podem liderar.
Mas enquanto essa ficha não cai, veremos outros lançamentos como esse. Sempre com o ar de “última chance” para a BlackBerry.