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Do 8 para os 16 bits: o maior salto evolutivo da história dos videogames

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Os computadores com 16 bits chegaram ao mercado nos meados dos anos 80, e tudo começou a mudar a partir desse ponto. Principalmente no mundo dos videogames.

Foram mais ou menos cinco anos até que os primeiros consoles de videogames com 16 bits chegassem ao mercado. E se você pensa que o primeiro foi o Mega Drive da SEGA ou o Super Nintendo, você errou rude.

O primeiro console de 16 bits da história foi o Amiga 1000 da Commodore. Depois dele, veio o Amiga 500. Só depois disso foram lançados o Mega Drive e o Super Nintendo, e os dois se transformaram em líderes dessa geração, com um enorme sucesso comercial.

De qualquer forma, o 16 bits permitia um maior leque de possibilidades criativas que eram inalcançáveis nos 8 bits. E, muito provavelmente, jamais veremos novamente um salto de qualidade tão grande quanto este.

 

 

 

Como os videogames de 16 bits mudaram tudo

Os videogames de 16 bits só dominaram o mercado na década de 1990, e as empresas que não acompanharam a SEGA e a Nintendo (Amiga, Atari, PC, etc) se viram obrigadas a realizar a migração, ou estavam seriamente ameaçadas de desaparecimento.

Porém, a programação para o 16 bits era bem diferente em relação ao 8 bits, já que exigia uma maior estrutura e uma nova filosofia de trabalho, com equipes de desenvolvedores maiores e profissionalizados.

O resultado disso foi um notável desenvolvimento de estrutura profissional e exponencial aumento de recursos. E empresas como a Amiga e a Atari não contavam com tanta pujança econômica para acompanhar gigantes como SEGA e Nintendo.

Por outro lado, foi a era 16 bits que moldou a geração e a cultura do videogame atual, apostando em gráficos mais elaborados, histórias com enredos complexos, narrativas lineares, jogos com fases e produção bem cuidados e todos os elementos que perduram até hoje no universo dos games.

Então, aquilo que só funcionava bem no Japão passou a fazer sucesso no mundo todo, com um modelo de negócio que mudou para sempre. Ou o seu jogo era bem feito, ou o mercado iria devorar você, que ficaria sem chance de resposta.

E quem não conseguiu desenvolver a sua estrutura própria para caminhar nesse novo tempo dos videogames acabou desaparecendo de uma indústria que hoje conta com um volume de faturamento simplesmente invejável.

 

 

 

Quem não perdeu o bonde da história se deu bem

A transição do 8 bits para o 16 bits foi praticamente uma espécie de “nota de corte” para várias empresas do setor. Pode considerar na lista todos aqueles que pararam de fabricar consoles e jogos antes dos anos 2000.

As últimas gerações de consoles de videogames não testemunhou um salto de qualidade ou de tecnologia tão grandes, mas apresentaram uma evolução consistente ao longo de quase três décadas. Mas sempre mantendo as bases estabelecidas nessa transição do 8 para o 16 bits.

Hoje, os desenvolvedores ao menos contam com mais tempo para acompanhar as mudanças que, por sua parte, não são tão drásticas quanto foram no passado. Por outro lado, só está no mercado hoje quem aprendeu as lições apresentadas nos anos 90.

E quem agradece por essas lições são os consumidores. A diferença entre os jogos de 8 e 16 bits era tão clara, que influenciou até mesmo nos preços dos produtos.

E feliz daquela geração que viveu essa incrível transição no mundo dos games. Testemunharam o maior salto evolutivo dessa tecnologia em sua história.

Jogar Mega Drive e Master System foi um privilégio para muita gente.


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@oEduardoMoreira