O crime não compensa. Principalmente quando envolve muitas unidades do iPhone.
Em um roteiro que poderia ter saído diretamente de um filme de comédia da Sessão da Tarde, um russo de 44 anos cuja identidade permanece em sigilo, desenvolveu um plano de roubo que foi um completo e retumbante desastre. O palco da trapalhada foi uma loja de celulares em Moscou (Rússia), onde o homem conseguiu ser contratado como chefe de vendas… com uma certa treta, é claro.
O que parecia ser uma oportunidade de emprego comum logo se revelou uma empreitada criminosa, que terminou no cidadão preso de forma ridícula.
Como tudo aconteceu
O cidadão conseguiu um emprego como chefe de vendas na loja de telefones falsificando documentos. Isso fez com que ele tivesse acesso às chaves que abriam e fechavam a loja.
Ou seja, a raposa tinha as chaves do galinheiro. E aproveito o primeiro dia de trabalho para entrar na loja várias horas antes dos outros funcionários para aproveitar a oportunidade e roubar uma quantidade (quase) industrial de unidades do iPhone.
O que torna a história tão bizarra é o comportamento do ladrão no estabelecimento. Ele tentou alterar a posição de uma câmera de vigilância com uma simples escova, sem sucesso (e eu nem desconfio porque ele não conseguiu realizar a alteração). De forma ainda mais surpreendente, o criminoso não se preocupou em cobrir o rosto em momento algum, deixando sua identidade à vista de qualquer espectador atento.
O ponto alto dessa sequência de trabalhadas foi o roubo de nada menos que 53 unidades do iPhone, além de dezenas de capas protetoras e 500 euros retirados da caixa registradora. No total, ele roubou mais de 31.000 euros em itens. E fez isso de cara limpa.
Embora a Apple não mantenha relações comerciais diretas com a Rússia há um ano, o iPhone não é um produto escasso no país graças ao mercado negro, que importa esses dispositivos de China e Ásia a preços substancialmente mais altos.
Como ele foi preso?
Para a surpresa de zero pessoas, a polícia russa não teve dificuldades em identificar o ladrão, apesar do uso de documentação falsa. Afinal de contas, as imagens da câmera de segurança capturaram seu rosto descoberto, e foram suficientes para revelar a identidade do meliante.
O ladrão foi preso em sua casa em Sebastopol, pouco depois de deixar Moscou. O problema é que o meliante já havia vendido a maior parte das unidades de iPhone que ele retirou da loja. E fez isso durante o percurso entre uma cidade e outra.
Ou seja, não só a polícia local teve dificuldades em recuperar a mercadoria roubada (ou o dinheiro resultante do crime), como não encontrou parte das provas materiais que confirmavam o incidente.
É fácil concluir que o cidadão nunca teve a intenção de manter o emprego de chefe de vendas na loja de celulares. Até porque, depois dessa, o departamento de recursos humanos já entrou em ação.
E o seu plano foi tão patético, que é até um bônus ele ser preso em casa. E para os jovens que leram este artigo até o fim, eu não recomendo que você tente o mesmo que o ladrão de Moscou. Esse crime está bem longe de ser uma boa ideia para obter um iPhone de graça.