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Era para trabalhar na chuvosa Genebra, mas ela estava na ensolarada Ibiza

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O debate sobre a validade do trabalho remoto continua, e muitos executivos não querem a continuidade da prática. E com episódios como esse que vou compartilhar com você neste artigo, essa rejeição só aumenta.

Um vídeo recente do TikTok tem gerado debates acalorados sobre a importância da localização dos trabalhadores e a confiança depositada pelos chefes em suas equipes.

O vídeo em questão retrata uma cena bastante peculiar: uma mulher sentada em uma praia ensolarada em Ibiza, trabalhando em seu computador, quando seu chefe decide fazer uma chamada de vídeo através da plataforma Teams, sem aviso prévio.

O problema? O chefe estava convencido de que a funcionária estava em Genebra, onde chovia naquele dia.

 

“Vamos simular que está chovendo”, ela disse…

Diante da situação inusitada, a mulher rapidamente pede ao garçom do estabelecimento à beira da praia que abra um guarda-sol atrás dela, simulando um ambiente chuvoso, enquanto utiliza os efeitos do Teams para completar a ilusão.

O vídeo viralizou e gerou inúmeros comentários, desencadeando um debate sobre a confiança dos chefes e a necessidade de saber a localização exata dos trabalhadores.

Dentre os comentários recebidos, um usuário relatou que, ao estar em viagem a outro país, seu computador de trabalho quebrou, e o departamento de TI solicitou que ele o levasse ao escritório para reparo. Essa história levantou questionamentos sobre a rigidez das empresas em relação à localização física dos funcionários e até que ponto isso é realmente relevante para a realização das tarefas profissionais.

 

O debate está servido

Os argumentos apresentados no debate são diversos. Há aqueles que defendem que, desde que o trabalho seja realizado corretamente e dentro dos prazos estabelecidos, a localização do trabalhador é irrelevante. Para eles, a confiança depositada pelos chefes em suas equipes é fundamental para o bom andamento das atividades.

No entanto, outros argumentam que vídeos como esse podem levar os chefes a questionar a confiabilidade do trabalho remoto e a exigir que todos os funcionários retornem aos escritórios, alegando falta de confiança e preocupações com a produtividade. Esse ponto de vista coloca em xeque a capacidade das empresas de se adaptarem às novas formas de trabalho e confiar em seus colaboradores.

Além disso, alguns CEOs têm expressado publicamente a opinião de que o trabalho remoto reduz a produtividade. Essa postura tem sido criticada por aqueles que consideram que os líderes estão evitando assumir a responsabilidade por uma eventual falta de resultados, atribuindo-a ao ambiente de trabalho remoto.

Outra questão levantada é a obrigatoriedade de ter a câmera ligada durante as reuniões virtuais. Alguns participantes do debate afirmam que em suas empresas isso não é exigido e que muitas vezes nem conhecem o rosto de seus colegas de trabalho.

Isso reforça a ideia de que o foco deveria estar na qualidade do trabalho realizado e nos resultados obtidos, independentemente da localização ou aparência física dos colaboradores.

Por fim, o vídeo menciona um homem que se tornou viral no TikTok ao utilizar um painel verde como fundo durante as reuniões virtuais. Dessa forma, ele simula sua presença nas chamadas, enquanto se diverte em atividades como assistir a um jogo de futebol ou deslizar em um tobogã de água. Essa história ilustra a criatividade e a busca por alternativas para tornar o trabalho remoto mais flexível e agradável.

As empresas precisam entender, de uma vez por todas, que a relação de trabalho com o profissional mudou, e que paradigmas do passado precisam ser derrubados.

Onde o profissional está trabalhando não é relevante. O que importa é se ele está entregando os resultados. A não ser é claro se a empresa pagou para aquela pessoa estar em Genebra e ela usou o dinheiro para ir até uma praia em Ibiza. Neste caso, ela usou o dinheiro da empresa de forma irregular.

E… mesmo assim… eu simplesmente odiaria ter o meu chefe me espionando para saber onde estou o tempo todo fora dos escritórios. Mas como sou chefe de mim mesmo, sou suspeito para advogar sobre o assunto.


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@oEduardoMoreira