Press "Enter" to skip to content
Início » Variedades » Escritórios vazios em Londres e Nova York é ótimo para o futuro do trabalho remoto

Escritórios vazios em Londres e Nova York é ótimo para o futuro do trabalho remoto

Compartilhe

O trabalho remoto está se se tornando uma alternativa de futuro para muitas empresas. Hoje, pelo menos 16% das companhias de todo o mundo abraçaram o formato em suas respectivas realidades.

O problema é que essa ideia de permitir que a pessoa trabalhe em casa é mais comum nas cidades com um elevado custo de vida, onde um espaço adequado em casa, uma boa conexão de internet e equipamentos de alta qualidade são elementos um pouco mais fáceis de se conseguir.

Por isso, em cidades como Londres e Nova York, o trabalho remoto funciona, gerando um efeito colateral que precisa ser observado com maior atenção: o aumento de escritórios vazios nas duas cidades.

 

Imóveis que estão perdendo valor

Estudos indicam que, diante da baixa demanda provocada pelo trabalho remoto, os imóveis comerciais registraram uma queda de valor de 28%, com 10% dessa redução acontecendo apenas em Nova York.

Na área de Manhattan, a desocupação alcançou uma taxa de 29%, e a solução para manter esses imóveis ativos é convertê-los em apartamentos. O que ajudaria a mitigar esse e outro problema da região: o aluguel de um imóvel residencial naquele local pode alcançar o absurdo valor de US$ 5.000 por mês.

Em Londres, o problema é o mesmo. É o maior número de escritórios vazios na cidade em 15 anos, em uma porcentagem de desocupação que aumentou em 50% desde o final de 2019 para cá. Isso resultou em uma redução do valor dos escritórios em 25%.

Neste caso, algumas entidades pensam em converter os escritórios em locais para uso comunitário ou para fomentar a colaboração entre proprietários e profissionais para ocupar as salas vazias.

Já o governo do município de Londres propôs um plano para converter os escritórios desocupados em 1.500 novas residências até 2030, e o responsável pelo cenário atual só pode ser a pandemia e a mudança de hábitos profissionais, onde todo mundo preferiu trabalhar em casa. E não apenas para se manterem vivos, mas principalmente para encontrar uma melhor qualidade de vida, com mais tempo para as suas atividades pessoais.

 

Futuro, com F de Flexibilidade

Um estudo publicado em 2021 mostra que 32% das pessoas indicavam que ter um horário mais flexível para trabalhar era o maior benefício do home office ou trabalho em casa. Ou seja, a flexibilidade é o elemento mais avaliado pelos trabalhadores remotos, pois dessa forma era possível conciliar melhor a vida profissional e a pessoal.

Logo, estamos diante de uma evolução natural da forma em que trabalhamos vinculada com o desenvolvimento tecnológico, que é algo inevitável e impossível de se deter. Além disso, os dados analisados pelos estudos realizados deixam claro: entre os mais de 16 mil trabalhadores que foram consultados em um último estudo recente, a produtividade daqueles que adotaram o trabalho remoto aumentou em 13% quando comparados com aqueles que decidiram se manter no modo presencial.

E contra números, não há argumentos.

Eu sou um feliz adepto do trabalho remoto ou trabalho em casa há 14 anos, e não me arrependo dessa decisão. Tudo bem, de vez em quando eu não tenho muito horário para trabalhar. Em compensação, o que eu recebi em termos de qualidade de vida é algo que não há dinheiro no mundo que pague.

E eu simplesmente adoro a ideia em poder trabalhar de casa. Isso para mim é sinônimo de qualidade de vida plena. E eu recomendo: todos que puderem realizar essa mudança, faça sem pensar duas vezes. Só encontrei benefícios nesta decisão.


Compartilhe
@oEduardoMoreira