O que levaria a você, amigo leitor, a pagar 2.300 euros por um smartphone?
Se no meio da semana muitos de nós estávamos envolvidos no meio da discussão sobre a validade do Samsung Galaxy Fold a US$ 1.980, o falatório que o Huawei Mate X a 2.299 euros vai gerar é ainda maior. E mesmo que eu entenda que a resposta é bem óbvia para o momento atual, o debate é basicamente o mesmo gerado pelo modelo da Samsung.
Bem compreendemos que o Huawei Mate X conta com vários detalhes que denotam todo um investimento por parte dos asiáticos para chegar nessa solução. Anos de pesquisa e desenvolvimento em um produto que tenta mudar o formato do smartphone como conhecemos.
Aliás, o Huawei Mate X tem um formato mais lógico e esperado para o seu design, com a sua tela dobrando para fora, diferente do Samsung Galaxy Fold, cuja tela se dobra para dentro, e uma tela externa atua como tela principal do smartphone.
Você paga o preço para ser um early adopter?
Por outro lado, os dois modelos ainda são dispositivos de primeira geração, ou seja, produtos para early adopters viciados em tecnologia e que não se preocupam com o dinheiro investido para serem os pioneiros no uso de uma tecnologia.
Como produto, os dois com certeza nasceram mais como um experimento de mercado final para as futuras versões dos dois modelos do que um dispositivo amadurecido e pronto para enfrentar o mercado como um todo. Não consigo imaginar o cidadão comum indo até a loja e deixando o seu rim em um dispositivo que ainda vai evoluir bastante.
Logo, para a maioria de nós, meros mortais, tanto o Huawei Mate X como o Samsung Galaxy Fold não valem a montanha de dinheiro que os fabricantes pedem. Para a nossa vidinha comum e pacata, podemos muito bem viver sem eles.
É claro que, no mundo ideal, todo cidadão merece ter um smartphone top de linha. Por outro lado, o geek que vai comprar essa primeira geração de telefones dobráveis só vai fazer isso para se mostrar para amigos e familiares.
E você pode fazer isso com um iPhone XS Max que custa US$ 1.449.