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Missão: Impossível 2 (2000) | Cinema em Review

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Aqui, já dá pra sentir a vibe Tom Cruise dominando tudo.

Missão: Impossível 2 é um filme conceitualmente bem diferente. E, na minha opinião, consideravelmente inferior ao primeiro filme dirigido por Brian De Palma. A nova história conduzida por John Woo aposta no espetaculoso e no fator “isso aqui é impossível de ser feito” para impressionar, o que acaba automaticamente deixando de lado a sofisticação do primeiro filme, o que estraga um pouco da experiência.

A escolha de Woo na direção foi de Tom Cruise, que queria um filme mais chamativo nas cenas de ação. O resultado foi um filme com uma trama empobrecida, em uma narrativa menos surpreendente (até porque algumas soluções do primeiro longa se repetem no segundo, o que acaba um pouco com o fator surpresa), e soluções pouco verossímeis, até mesmo para um filme cujo nome é “Missão: Impossível”.

Ao mesmo tempo, é um filme que até diverte. Mesmo com as cenas bregas de Tom Cruise e Thandie Newton no começo do longa, há um certo ar de “estamos nos zoando” em alguns momentos (por exemplo, quando o vilão tira sarro do fato de Cruise dar o sorrisinho a cada 15 minutos… e ele faz bem isso ao longo do filme). As cenas de luta estão bem coreografadas, e as cenas de ação são esteticamente chamativas, e era bem isso o que eles queriam alcançar com a direção de Woo.

Missão: Impossível 2 não é um filme ruim. Ele só é mais fraco que o primeiro, na minha opinião. Se vale da preguiça de um roteiro que tem uma história apenas para ter, sem colocar o herói em um perigo real e imediato. Até mesmo o final com tom de final de novela das 8 (e com uma saída extremamente fácil para Ethan Hunt, que não cumpre a missão e, mesmo assim, não recebe punição alguma) demostra essa displicência nos argumentos gerais da trama.

Ou seja, Missão: Impossível 2 tem ação (todas as cenas de veículos são boas, porém, novamente, pouco críveis), romance (desnecessário em alguns momentos), humor (subliminar) e algum drama (pouco, na verdade). Não podemos pedir muito do longa. Na verdade, podemos sim: podemos pedir um filme melhor estruturado.

Do jeito que ele é, quase passa a impressão de ser um caça-níquel. Por muito pouco mesmo.

 

 


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@oEduardoMoreira