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Musk quer medir “o tamanho” do Zuck

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Sério… isso aqui está ficando ridículo…

No último domingo (9), uma tranquila discussão sobre o uso de pseudônimos nas redes sociais tomou um rumo inesperado, envolvendo as duas personalidades da indústria de tecnologia que estão em maior evidência neste momento: Elon Musk e Mark Zuckerberg.

E esse bate-boca virtual, que já passou por um desafio para a porradaria, está tomando proporções inusitadas e até patéticas, pois chegamos ao modo “o meu é maior que o seu”.

Entenda.

 

Como chegamos a esse ponto?

O debate começou quando um tuíte defendeu o uso de pseudônimos para facilitar campanhas de pressão contra dissidentes, e Musk prontamente concordou, afirmando que a plataforma do Twitter protegeria os usuários anônimos por esse motivo.

Então, um segundo usuário citou a resposta de Musk e compartilhou uma imagem provocativa, comparando a postura de Musk, que protege a liberdade de expressão, com a de Zuckerberg, que protege os interesses empresariais. A imagem mostrava uma troca de mensagens entre a conta corporativa da multinacional Wendys e Zuckerberg, na qual a primeira encorajava o CEO do Facebook a “ir para o espaço apenas para enlouquecer Elon Musk”.

A resposta de Musk não demorou a chegar. Em um tuíte contundente, ele chamou Zuckerberg de “cuck” – um termo pejorativo em inglês que significa “cornudo” – fazendo uma rima com o nome do fundador do Facebook (Zuck).

Horas depois, Musk elaborou ainda mais sua argumentação de maneira inusitada, lançando uma proposta incomum: “Proponho um concurso literal de medir pênis”, acompanhado de um emoji de uma régua de medição.

Até o momento em que este artigo foi concluído, Mark Zuckerberg não respondeu ou fez comentários sobre a “proposta” de Elon Musk.

 

Interpretando essa troca de mensagens bizarra

Esses comentários controversos de Musk levantaram dúvidas sobre suas intenções e significados. Enquanto o termo “cuck” pode ter diferentes interpretações, sendo usado como sinônimo de “cornudo consentido” e, nos Estados Unidos, associado a posturas ideológicas consideradas fracas ou traiçoeiras, não está claro qual dos significados Musk pretendia transmitir em seu tuíte.

Já o segundo tuíte de Musk foi mais autoexplicativo. Acompanhado do emoji de uma régua de medição, ele parece sugerir que, na batalha entre o Twitter e Threads – uma plataforma concorrente apelidada de “Twitter do Instagram” -, os usuários escolherão a rede social cujo CEO exiba maior “poderio fálico”. Talvez Musk esteja apenas expressando sua aversão a ver Zuckerberg lançar suas próprias espaçonaves, algo que o incomodaria profundamente.

Ou quem sabe Musk demonstrou (de novo) que possui um enorme complexo de inferioridade, por mais que essa expressão seja um pouco contraditória.

 

Estaria Musk com medo da trolha do Threads?

Para entender melhor o contexto dessa discussão patética, é importante considerar a concorrência entre o Twitter e o Threads.

A nova plataforma do Meta já atraiu mais de 100 milhões de usuários em poucos dias, às custas dos próprios usuários do Twitter, o que pode ter provocado insatisfação por parte de Musk, que está fazendo de tudo para manter o status da sua rede social e, ao mesmo tempo, usando de métodos controversos para fazer da plataforma algo financeiramente rentável.

Nesse cenário, Zuckerberg decidiu usar sua conta no Twitter após 11 anos de inatividade, com o único propósito de provocar Musk. Por sua vez, o empresário sul-africano ameaçou processar a Meta, empresa-mãe do Facebook, devido à forma como o Threads foi desenvolvido, segundo sua visão.

Musk acusa Zuck de roubar profissionais do Twitter, que compartilharam informações técnicas com o Meta para que o Threads fosse desenvolvido como uma “cópia carbono” da rede social do passarinho azul. Vale lembrar que foi Elon quem promoveu um império de terror corporativo, demitindo em massa (para depois tentar recontratar quem era essencial) e mudando as políticas internas da empresa de forma absurda e aleatória.

Enquanto essa batalha se desenrola nas redes sociais, fica a pergunta: até onde essa rivalidade irá?

As trocas de farpas entre Elon Musk e Mark Zuckerberg estão chegando no campo indigesto do constrangimento alheio. Tudo bem, eu escrevi esse artigo para atrair a audiência que gosta do inusitado e da bizarrice do mundo tecnológico. Mas reconheço que é o tipo de notícia que desperta o sentimento “cringe” em ver dois homens brancos e bilionários preocupados com o tamanho de suas respectivas ferramentas.

E aqui, eu estou falando de redes sociais. Por incrível que pareça.


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@oEduardoMoreira