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O primeiro iPhone preparou uma mina de ouro para a Apple

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Se a Apple censurar esse conteúdo por qualquer motivo, eu simplesmente desisto.

Em 9 de janeiro de 2007, durante a MacWorld Expo, Steve Jobs apresentou ao mundo o primeiro iPhone, um dispositivo que revolucionou por completo o mundo das telecomunicações, apresentando as bases do conceito moderno de smartphone. E muito provavelmente você, que é tão viciado em tecnologia quanto eu, sabe disso.

O iPhone se tornou a mina de ouro da Apple, uma empresa que historicamente era especializada em fabricar e vender computadores caríssimos. E aquela apresentação se tornou icônica, onde os usuários aprenderam a acompanhar os principais lançamentos de tecnologia do planeta a partir daquele evento.

Vamos então voltar no tempo, e compartilhar alguns detalhes curiosos sobre esse produto tão revolucionário.

 

Era capado, mas tinha tudo para dar certo

A Apple já arrasava nas apresentações dos seus produtos, desde os tempos do iMac na década de 1990. Aliás, deve ter aprendido com a Microsoft, que fazia muito barulho a cada evento de apresentação do Windows.

E digo isso com propriedade, pois me lembro muito bem em como o marketing da Microsoft fez os movimentos certos no lançamento do Windows 95.

Voltando a falar do iPhone original. Ele contava com uma tela multitoque de 3.5 polegadas que inspirou muitos outros produtos que vieram depois dele a adotar o mesmo design, além de abrigar a compatibilidade com as redes GSM com tecnologia EDGE e WiFi.

Inicialmente, ele foi um lançamento exclusivo da operadora AT&T nos Estados Unidos. No Brasil, quando o iPhone de terceira geração foi lançado, essa estratégia não foi adotada. E eu estava no evento de lançamento do smartphone, algo que aconteceu em diferentes shoppings da capital paulista.

O iPhone OS era outra singularidade do iPhone. O sistema operacional que deu origem ao iOS tinha uma interface baseado no sistema de manipulação direta com os dedos, adotando deslizadores, botões e interruptores, algo que era perfeito para o uso em uma tela multitoque.

Isso fez com que Steve Jobs afirmasse de forma orgulhosa que o iPhone estava aposentando as canetas utilizadas para interação com o sistema operacional da Palm. Mal sabia ele que a Samsung chegaria com o Galaxy Note apenas cinco anos depois para mostrar que até o todo poderoso Jobs poderia estar errado.

De qualquer forma, era um produto cujo conceito era inovador o suficiente para mudar os paradigmas do mercado de telefonia móvel, o que tornou o dispositivo muito atraente logo de cara.

O iPhone foi uma febre instantânea. Todo mundo queria esse smartphone.

 

E o tempo o transformou em uma mina de ouro para a Apple

A revista Time classificou o iPhone como “o invento do ano” em 2007, e o sucesso do produto foi algo absoluto.

O impacto desse lançamento na indústria de telefonia móvel foi tão grande, que o lançamento do Android foi atrasado em um ano, pois todos reconheceram que o iPhone estava “a anos luz” de tudo o que estava em desenvolvimento no sistema operacional que seria adquirido pelo Google pouco tempo depois.

Por outro lado, Nokia, Motorola e BlackBerry, que dominavam o mercado de telefonia móvel na época, não conseguiram seguir o ritmo da Apple com as novas versões do iPhone lançadas ao longo dos anos. E cada uma delas sucumbiu diante do smartphone que revolucionou o mercado.

E as mesmas Nokia, Motorola e BlackBerry carregam a culpa dos seus respectivos desaparecimentos no mercado de telefonia móvel, pois desdenharam da capacidade da Apple em dominar o segmento.

Hoje, o iPhone é considerado o produto eletrônico mais rentável da história, inspirando todo o mercado e estabelecendo as regras do que é hoje conhecido como smartphone. A Apple se tornou uma “fabricante de telefones”, o que a transformou na empresa mais valiosa do planeta.

Parte desse sucesso foi construído com a ajuda da App Store. E isso porque Steve Jobs não queria que o iPhone recebesse softwares de terceiros. Porém, com a chegada da loja oficial de aplicativos, as possibilidades do smartphone se ampliaram de forma incrível, abrindo uma outra fonte de receita de dimensões colossais para a Apple.

O aumento de aplicativos foi assombroso e progressivo, acompanhando o cresicmento da base de usuários do iPhone. Hoje, a App Store é a grande estrela de uma divisão de serviços que é cada vez mais poderosa para a Apple, obtendo sozinha lucros que superam aqueles alcançados por muitas empresas de tecnologia.

A App Store hoje é quase mais importante que o iPhone, já que os aplicativos são imprescindíveis para o funcionamento do telefone, além de retroalimentar as vendas desse e de outros dispositivos da empresa.

 

Conclusão

Não resta dúvidas sobre a relevância do iPhone no mercado de telefonia móvel, e entender melhor como todo esse sucesso aconteceu é algo fundamental para absorver ainda mais a importância desse smartphone para a tecnologia de consumo.

Aproveitar mais um aniversário de lançamento desse telefone é também uma forma de revisar como a nossa caminhada como produtores de conteúdo e consumidores de tecnologia aconteceu, reforçando em nós o desejo em continuar a falar sobre um tema que transformou as nossas vidas para sempre.


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@oEduardoMoreira