Está faltando tempo para mim, para você e para muitas outras pessoas que você conhece.
Sempre estamos nos queixando de falta de tempo, que 24 horas são insuficientes para fazer tudo o que queremos, que o nosso trabalho ocupa tempo demais e que os episódios da quarta temporada de Stranger Things roubaram mais tempo livre de nossas vidas que o desejado.
Simplesmente não dá tempo de trabalhar, ver amigos, descansar, jogar videogames, arrumar a casa, praticar esportes, transar com alguém e, por que não, dormir. 24 horas são insuficientes.
Mas… e se eu te disser que algumas das principais personalidades do mundo da tecnologia contam com mais tempo livre do que nós porque decidiram adotar a tal da “regra das 5 horas”?
Detalhe: o dinheiro não tem nada a ver com a gestão de tempo neste caso.
Apresentando a “regra das 5 horas”
De acordo com a “regra das 5 horas”, a forma que decidimos passar esse tempo pode significar a diferença entre o sucesso na vida e a mediocridade da existência humana. Sim, pode ser uma frase forte e exagerada vindo de um blogueiro que quase não tem audiência com este blog, mas não deixa de fazer algum sentido para mim. E pode fazer sentido para você também.
Em teoria, qualquer pessoa normal possui 16 horas de tempo útil todos os dias. As 8 horas restantes para completar as 24 horas são ocupadas pelo sono, mas esse número pode variar de pessoa para pessoa.
Dentro desse tempo de vigília, você tem que fazer todas as atividades de sua rotina. E considerando que, em média, trabalhamos em torno de 8 horas por dia (esse número também pode variar, dependendo da pessoa), ainda restam 8 horas livres para você fazer o que quiser. Convenhamos: é bastante tempo.
Porém, boa parte dessas 8 horas são gastas com o gerenciamento da vida: compras, tarefas domésticas, alimentação, estudo, vida social e outras atividades. Logo, na prática, temos poucas horas para fazer aquilo que realmente queremos, e não aquilo que é imposto pela vida em si e pela sociedade.
E para mais da metade da população mundial, essas horas livres que restam são gastas da forma errada: olhando para a tela dos smartphones. Para pessoas bem sucedidas como Bill Gates e Elon Musk, essas pessoas que gastam o pouco tempo livre em suas vidas no TikTok dificilmente se transformam em empresários, inovadores ou os futuros cases de sucesso na vida.
E é aqui que a “regra das 5 horas” entra em ação.
A “regra das 5 horas” tem como objetivo dedicar um tempo de sua vida para aprender, refletir e pensar em formas de se reinventar. Ela existe desde a época de Benjamin Franklin, que dedicava pelo menos uma hora do dia para aprender algo novo.
As pessoas bem-sucedidas na vida usam algumas versões da “regra das 5 horas”, sempre com o objetivo de melhorar suas habilidades, exercitar a mente e se tornar uma pessoa mais sábia ou inteligente. Logo, não é nenhum exagero sugerir que qualquer pessoa siga esses exemplos como dicas para se tornar alguém melhor e com mais chances de sucesso.
E isso não é coisa de coach ou de livros de autoajuda. Os bons exemplos devem ser seguidos, e os casos de sucesso devem ser observados e replicados. Isso é algo absolutamente normal e faz todo o sentido do mundo.
Como começar a praticar a “regra das 5 horas”
Vamos ser honestos: pode ser difícil começar a usar a “regra das 5 horas” quando o nosso dia está repleto de atividades, em uma rotina desgastante nos aspectos físico e mental. Porém, vale a pena ao menos tentar seguir os três simples passos para começar a adotar essa regra em nossas vidas, transformando esses novos hábitos em algo realmente produtivo.
O primeiro passo da “regra das 5 horas” é aprender.
Tente aprender algo novo sempre que puder e da forma com a qual você se sente mais capaz de alcançar esse objetivo. A lógica manda recorrer ao hábito da leitura, mas nem todo mundo tem tanto tempo livre para se dedicar a isso.
Hoje, temos podcasts, audiobooks e programas de rádio que podem ser formas muito interessantes para aprender algo enquanto estamos fazendo alguma outra coisa. Além disso, a internet está repleta de artigos educativos, instrutivos e divertidos (como este que você está lendo neste exato momento), que podem transmitir uma informação de forma muito mais digerível do que em um livro de mais de 400 páginas.
O segundo passo que faz parte da “regra das 5 horas” é o experimentar.
Pessoas bem-sucedidas são aquelas que mais tentam sem medo de fracassar. Aliás, fracassam várias vezes até alcançar o sucesso, tentando diferentes caminhos. E é importante ter em mente que, ao tentar e experimentar, podemos aprender e nos divertir.
Logo, temos que nos permitir buscar novas ideias e testar coisas diferentes, sempre estabelecendo um parâmetro ou escala para que se possa sobreviver ao fracasso. Além disso, é importante buscar a retroalimentação e o aprendizado nos nossos erros conforme vamos avançando para alcançar o patamar desejado.
E o terceiro e último passo da “regra das 5 horas” é refletir.
Tente novamente. Fracasse novamente. E fracasse melhor. E essa é apenas uma das formas de refletir na vida.
Algumas pessoas optam por escrever um diário com os seus pensamentos diretamente relacionados com eventos e momentos de sua vida, outros dedicam 10 minutos do dia para pensar em como foi o seu dia e como se sente diante de tudo isso, e outras pessoas decidem procurar alguém para conversar.
O mais importante aqui é expressar os pensamentos de alguma forma, com o objetivo de converter nossas reflexões em ferramentas de evolução.
Conclusão
Algumas pessoas podem pensar que este post mais parece uma coisa de “coach”, algo que eu abomino pelo conceito em si.
O “coach” é o fracassado que tenta vender a receita de sucesso para outros fracassados. E o que eu fiz neste post não tem nada a ver com isso.
Apenas entendi que essa seria uma pauta interessante para compartilhar com outras pessoas. É um assunto que serve para mim mesmo, que procura manter a mente aberta para novas formas de ver o mundo. E isso, de forma inevitável, me fará crescer.
Entendo que, neste momento, muitas pessoas estão entendendo que vale mais a pena priorizar a qualidade de vida do que um alto salário, e essa mudança de comportamento se reflete também na gestão de tempo.
E eu posso falar por conhecimento de causa: desde que passei a trabalhar menos e focar mais na qualidade do meu trabalho, não só a minha produtividade aumentou como também os meus ganhos relacionados a ele.
E o mais importante: me tornei um ser humano mais descansado, mais relaxado, mais produtivo e com a mente mais leve para tudo o que realmente importa.
Logo, a “regra das 5 horas” não é coisa apenas para bilionários da tecnologia. Vale para qualquer um de nós. Basta ter a disposição para tornar essa filosofia uma realidade prática no dia a dia.