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O suporte do Airbnb é uma droga no Senegal (e o mesmo pode acontecer no Brasil)

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Devo confessar que nunca tive problemas com o serviço de aluguel do Airbnb. Em todas as oportunidades que precisei dele, tudo correu muito bem, inclusive nos casos de cancelamento, com a devolução integral do valor da reserva em mais de uma oportunidade.

Mas isso não quer dizer que a plataforma está isenta de problemas. Aliás, é o contrário: não são poucas as reclamações que vejo contra o Airbnb, sem falar nos valores de hospedagem que dispararam no mundo todo.

Mas a história que você vai ver neste artigo superar de longe os problemas que a grande maioria dos usuários enfrenta no serviço, e liga o sinal de alerta para os clientes, já que o mesmo pode acontecer aqui no Brasil.

 

O choque cultural

O autor original da história é um jornalista do setor de tecnologia, que sua experiência de viagem pelo Senegal, destacando o uso frequente do Airbnb para hospedagem em locais de caráter mais autêntico e local.

Ao longo da viagem, ele descreve a diversidade de suas estadias, algumas realizadas por meio do Airbnb e outras graças à hospitalidade local, evidenciando a preferência por interações genuínas nos locais onde ele visita.

A cidade de Saint Louis, localizada ao norte do Senegal, foi considerada pelo protagonista como menos acolhedora, especialmente em relação à experiência desfavorável com um Airbnb. E quero acreditar que não foi a forte influência francesa da região que determinou a má qualidade do atendimento que ele recebeu por lá.

Uma das coisas que mais incomodou ao autor da história foi o assédio machista nas ruas de Saint Louis, contrastando com suas experiências anteriores de tranquilidade em outras cidades senegalesas.

Neste caso, é possível concluir que o comportamento é (infelizmente) um vício cultural, já que posso afirmar que o mesmo existe de forma generalizada em algumas regiões do Brasil (que não vou citar quais são, pois não quero ter ainda mais problemas do que já tenho).

Mas… onde o Airbnb entra nessa história?

 

A indiferença do Airbnb no Senegal

O grande problema que motivou a produção deste artigo aconteceu quando o nosso protagonista chega a um alojamento reservado via Airbnb e descobre que a habitação não estava pronta, levando a uma série de complicações e custos adicionais.

O autor ficou frustração com a falta de resposta eficaz por parte do Airbnb diante das reclamações e da inação na resolução do problema, enfatizando as deficiências no suporte ao cliente.

De novo: eu nunca tive problemas de atendimento com o Airbnb… porque, na prática, eu nunca precisei do suporte do serviço em situações de emergência.

Logo, seria injusto se eu afirmasse que o jornalista estava exagerando porque tudo isso aconteceu com ele e não comigo. Considerar esse cenário um caso isolado é o mesmo que distorcer a realidade pela indiferença.

O autor relata múltiplas queixas apresentadas à Airbnb, evidenciando a ineficácia e, principalmente, a ausência de medidas reparadoras por parte da plataforma, resultando em dificuldades adicionais para resolver a situação.

Apesar do ocorrido, nosso protagonista menciona experiências anteriores positivas com o Airbnb, destacando a qualidade do atendimento ao cliente e seu histórico favorável com a plataforma.

De qualquer forma, a falta de iniciativa do Airbnb em oferecer compensação financeira ou opções para cobrir os custos adicionais incorridos devido à situação problemática também são dignos de nota. E, neste caso, de nota negativa.

O hóspede (ou aquele que ao menos tentou ser um) conclui que a falta de compreensão do proprietário do alojamento em relação ao funcionamento da plataforma Airbnb foi o principal motivo para que o problema na hospedagem acontecesse.

É fundamental que as pessoas compreendam como o Airbnb funcione de forma efetiva, pois equívocos eventualmente podem acontecer, mas problemas em escala por causa da ignorância alheia são difíceis de serem contornados.

 

Apenas melhore, Airbnb!

O cenário de momento do Airbnb é algo bem curioso, e eu não estou sendo irônico nesta afirmação.

Não faz muito tempo que o seu CEO veio à público para praticamente implorar que os usuários que cedem imóveis para alugar reduzam os preços das hospedagens, pois o serviço está se tornando algo insustentável.

E o CEO percebeu o mesmo que muitos usuários já sentem no bolso a algum tempo. Em alguns casos, é melhor se hospedar em um hotel do que procurar uma habitação no Airbnb.

Na minha última (tentativa de) viagem para São Paulo, eu fiz uma reserva no Airbnb, mas estava arrependido por isso. Em um hotel na mesma região (próximo da Avenida Paulista) e pagando um pouco a mais, eu teria o café da manhã e a limpeza diária inclusas, o que resultaria em um conforto total e despreocupado.

Quem sabe está na hora do Airbnb começar a rever a sua relação consigo mesmo, ou até mesmo atualizar o seu modelo de negócios para um novo cenário econômico e social.

As pessoas voltaram a viajar, mas isso não significa que estão aceitando queimar dinheiro. Se podem economizar na hospedagem, certamente vão fazer isso.

E ver o Airbnb perdendo para o Ibis Hotel (nada contra, pois acho ele bem honesto) é algo bem complicado de se explicar.

Ou não. Contra números, não há argumentos. E os números do Airbnb estão bem inflados ultimamente.


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@oEduardoMoreira