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Obrigado, Super Bowl LVIII, por ser um jogo épico. Obrigado, futebol americano, por você existir

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Caro futebol americano,

Mais uma vez, estou aqui para escrever uma carta para te agradecer. Do fundo do meu coração, obrigado por me fazer chorar de emoção. Obrigado por me dar vida diante do caos e da mesmice que é todo o resto do mundo esportivo.

Obrigado por entregar no Super Bowl LVIII um dos melhores de todos os tempos. Por estender uma temporada cheia de surpresas e reviravoltas por mais 15 minutos, em uma prorrogação com um final épico.

Obrigado, “american football”, por ser tão incrível, emocional e intenso. Com você, a vida e bem mais interessante. Sem você, eu estava assistindo ao carnaval na Globo, tal e como qualquer mero mortal.

Acompanhar o Super Bowl todos os anos é o equivalente a ter uma final de Copa do Mundo a cada 365 dias, com o bônus de ser uma final que, de alguma forma, nos entrega a história como prêmio.

Não se trata exatamente de ter um vencedor ou perdedor. Eu ficaria genuinamente feliz se o San Francisco 49ers conquistasse o sexto título de sua história com um “Mr. Irrelevant” chamado Brock Purdy entrando para a história por calar a boca de todo mundo.

Mas sou feliz por testemunhar a história sendo escrita diante do mundo. Ver uma dinastia consolidada como a do Kansas City Chiefs liderado por Patrick Mahomes me deixou emocionado a ponto de ir às lágrimas.

Uma vez que o futebol não me entrega muitas alegrias nos últimos 10 anos (pelo menos, pois depois do 7 a 1 alguma coisa morreu dentro de mim neste sentido), é no futebol americano que concentro todas as minhas atenções entre setembro e janeiro de cada ano.

Muito obrigado, futebol americano, por me tirar do lugar comum por cinco meses. Por desmarcar compromissos, por me evitar os encontros com pessoas insuportáveis, e por me entregar algo que me faz diferente de todos os medíocres que não te conhecem.

Muito obrigado, NFL, por encerrar uma temporada de sobrevivência e resiliência. Com um vencedor que lutou contra tudo e contra todos. Com uma dinastia que grava de vez seu nome na história.

Muito obrigado, futebol americano. Por você existir.

Até setembro… aqui no Brasil.

E em setembro, vamos nos conhecer pessoalmente.

E você não tem ideia do quanto vou esperar por isso.

Até breve,

Eduardo Moreira


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@oEduardoMoreira