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Os dois problemas a serem resolvidos nos smartphones dobráveis para que eles dominem de vez o mercado de telefonia móvel

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Quando a Samsung lançou o seu primeiro smartphone dobrável, boa parte do mercado foi muito crítico com o dispositivo, principalmente pelo preço sugerido bem salgado. Mas o tempo mostrou que os sul-coreanos iniciaram uma revolução no mercado, já que Huawei, OPPO, Xiaomi e outros fabricantes de smartphones Android seguiram os seus passos.

Hoje, é de consenso que os telefones dobráveis são o futuro da telefonia móvel. Seja pela imposição dos fabricantes ou pela cada vez maior adoção do formato pelos usuários, o formato se consolidou, e quando se democratizar, será adotado pelo grande público.

Porém, existem dois enormes problemas que os fabricantes precisam resolver para que os telefones dobráveis se estabeleçam como o futuro da telefonia.

 

Defendendo o smartphone em formato de tablet

Os smartphones que se transformam em pequenos tablets são aqueles que melhor justificam a existência dos telefones dobráveis. E o primeiro grande problema que precisa ser resolvido na relação tela-corpo dos dispositivos com essa proposta.

A Samsung é a marca mais popular no segmento de telefones dobráveis em formato tablet, mas oferece telefones com proporção de tela muito alargadas, o que torna o dispositivo um pouco desconfortável para o uso e transporte.

Os coreanos resolveram parcialmente o problema na última versão do seu dispositivo portátil. Enquanto isso, seus rivais conseguiram entregar propostas mais aceitáveis neste aspecto, já que os dispositivos não ficam tão diferentes de um telefone tradicional quando a tela maior está dobrada.

Além disso, essa é a única forma aceitável para entregar aos usuários telefones com telas maiores. Hoje, temos um padrão estabelecido para os telefones com formato tradicional, que parou nas telas de 6.7 polegadas. E isso obriga os usuários a transportar um pequeno tablet no bolso.

Já os telefones dobráveis resolvem o problema, entregando dispositivos com telas de 5 ou 6 polegadas quando dobrados e 8 ou mais polegadas quando abertos. Dessa forma, temos telefones com formatos diferentes para tarefas diferentes.

É muito mais confortável jogar games ou responder e-mails em uma tela com oito polegadas que pode ser transportada no bolso porque pode ficar em um formato mais compacto quando não estamos realizando uma tarefa que exige o uso da tela maior.

Por outro lado, os telefones dobráveis em forma de concha ainda não alcançaram um ponto de maturidade que o torne tão válido para o mercado atual.

Além da espessura elevada no formato dobrado, os telefones dobráveis em forma de concha contam com baterias menores e um espaço menor para componentes relevantes como sensores de câmera ou telas secundárias.

Mesmo contando com um público próprio, o formato de concha para os telefones dobráveis não é aquele que entrega uma relação custo-benefício tão vantajosa quanto parece. É mais formato do que proposta viável.

 

Tudo se resume ao dinheiro e à durabilidade

O segundo grande problema dos smartphones dobráveis é o mesmo de outras tecnologias de futuro: o preço absurdamente elevado.

A Samsung está tentando ajustar as margens de preços dos seus telefones dobráveis, mas ainda não encontrou um valor que seja realista para a maioria dos usuários. Mesmo porque cobrar R$ 14 mil para um smartphone dobrável no Brasil é uma utopia.

Neste sentido, os telefones dobráveis contam com uma maior adoção do grande público, já que custam praticamente a metade dos modelos que se aproximam de um tablet. Ou seja, fabricar telefones com esse formato concha é algo mais econômico do que os dispositivos com telas maiores, com dobradiças ainda maiores.

Além do fator preço, outro problema que precisa ser resolvido para que os telefones dobráveis se estabeleçam como o topo do mercado de telefonia móvel é a durabilidade.

Quando pagamos mais por um smartphone, é natural que se deseje uma vida útil maior para esse dispositivo. E o grande problema aqui é que os telefones dobráveis já nascem com um data de validade estabelecida, tanto na dobradiça quanto na tela.

Depois de um certo número de dobras, a dobradiça começa a ceder, e o plástico que reveste a tela flexível começa a se desgastar. Em alguns modelos, bastou uma semana para a área central da tela apresentar sinais de desgaste.

Logo, se o telefone dobrável deseja conquistar o mercado, precisa resolver a questão de durabilidade e, ao mesmo tempo, entregar uma melhor relação custo-benefício para os usuários.

O problema é que esse futuro pode levar mais tempo do que os fabricantes desejam, já que depende de outros fatores que não foram aprofundados neste conteúdo, como por exemplo a inflação global, a redução dos custos de produção e o famigerado “fator Brasil”, que só existe no nosso mercado de telefonia móvel.


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@oEduardoMoreira