Você já se perguntou por que quase todos nós sentimos uma atração quase inconsciente pelo ato de estourar as bolhas de ar em um plástico bolha?
Eu, na verdade, nunca parei para pensar nisso. Mas como preciso de um artigo para levantar o hype desse blog, vou aproveitar o tema para responder a pergunta para mim mesmo, pois não deixa de ser uma pauta interessante.
Essa curiosidade é compartilhada por muitos, e hoje vamos tentar entender o que acontece com a humanidade como um todo para ficar fascinado por um ato tão simples. Um estudo científico lançou luz sobre esse fenômeno, e desvendou os segredos por trás dessa atividade que cativa pessoas de todas as idades.
O prazer irresistível
A menos que você seja uma daquelas pessoas que não suportam tocar ou ouvir o estouro das bolhas de ar, é provável que você esteja consciente de que, ao ter um plástico bolha por perto, não conseguirá resistir à tentação. Alguns se satisfazem com algumas poucas bolhas estouradas, enquanto outros sentem a necessidade de estourar todas. Mas todos nós caímos nessa armadilha viciante.
Mas o que torna estourar o plástico bolha algo tão gratificante? A resposta está em nosso cérebro e na necessidade de manter nossas mãos ocupadas. Essa atividade simples e repetitiva proporciona uma sensação prazerosa, relaxante e difícil de resistir.
O papel do cérebro
Nosso cérebro desempenha um papel crucial nessa atração.
O ato de estourar as bolhas de ar oferece uma distração para o cérebro, mantendo-o ocupado e entretido. É semelhante ao prazer de sair para correr ou caminhar enquanto ouvimos música ou estamos na companhia de amigos. O percurso se torna mais agradável e leve quando estamos distraídos, seja com a música, com a conversa ou com a atividade de estourar bolhas.
Além disso, tanto a atividade de estourar bolhas de ar quanto o ato de caminhar com música não exigem que pensemos conscientemente sobre a tarefa motora. Ou seja, podemos executá-las automaticamente, enquanto nossa mente está focada em outras coisas.
Posso dizer que isso tem uma certa dose de razão. Como ser multitarefa e hiperativo, eu sempre preciso fazer alguma coisa para que o meu cérebro comece a relaxar ou mudar o foco para outro tema. Neste caso, o plástico bolha cai como uma luva.
O toque e a ocupação das mãos
O estudo da professora emérita de psicologia Kathleen M. Dillon, do Western New England College, revelou que o ato de estourar bolhas de um plástico bolha pode trazer uma sensação de tranquilidade e vigor. Em seu estudo, alunos universitários que tiveram a oportunidade de estourar várias folhas com bolhas relataram sentir-se mais calmos e alertas após realizar essa atividade. Eles experimentaram níveis mais altos de relaxamento e atenção em comparação ao grupo que não teve a oportunidade de estourar as bolhas.
Dillon também citou um livro que abordava os efeitos calmantes do toque, mencionando a antiga tradição grega de carregar uma pedra lisa de ámbar ou jade chamada de “pedra da preocupação”, que proporcionava um efeito calmante ao corpo pelo simples contato com a pele. Além disso, ela ressaltou que manter as mãos ocupadas com projetos simples é considerado relaxante, sugerindo que o ato de estourar as bolhas de um plástico bolha tem efeitos similares.
Luta contra o estresse
Em última análise, o interesse pelo plástico bolha está ligado à busca por uma ação que nos mantenha livres do estresse, ao mesmo tempo em que nos permite exercitar nossas mãos. Essa necessidade de manter as mãos ocupadas é algo instintivo e inerente ao desejo de alívio e relaxamento.
Não é apenas o plástico bolha que faz sucesso nesse sentido. Existem outras atividades, como crochê, costura, cubos antiestresse e livros para colorir que também oferecem uma sensação semelhante de alívio e ocupação.
No entanto, o plástico bolha é atraente por sua simplicidade. Basta pressionar e esperar a explosão, sem exigir esforço extra ou aprendizado.
Conclusão
A explicação científica para o fascínio pelas bolhas de ar do plástico bolha é bastante plausível e faz todo o sentido. É um ato prazeroso e relaxante, aliviando o estresse do dia a dia.
Nossos cérebros reconhecem que essa ação traz calma e tranquilidade, e automaticamente nos impulsionam a buscar essa atividade como um meio de obter esse estado desejado. Logo, pode parar de se sentir culpado ao ceder à tentação de acabar com um plástico bolha, pois a ciência está do seu lado neste caso.