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Por que grandes marcas estão procurando influenciadores com menos de 10.000 seguidores nas redes sociais?

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No mundo do marketing e do consumo de conteúdo, está surgindo um novo fenômeno que está ganhando cada vez mais peso: os micro e nano influenciadores.

Essas figuras, com um número relativamente menor de seguidores nas redes sociais, estão conquistando um espaço significativo e desafiando a concepção de que apenas influenciadores com milhões de seguidores contam com impacto na internet.

Essa é uma tendência global, e o Brasil não ficou de fora. Até mesmo veículos menores, como é o caso do TargetHD.net (sim, eu reconheço o tamanho que o meu blog possui…) recebem algumas campanhas de publicidade de grandes marcas.

Vamos entender o que está acontecendo.

 

Os influenciadores gigantes não convencem mais?

Tradicionalmente, o conceito de influenciador está associado a pessoas que vivem das redes sociais e possuem uma enorme base de seguidores. Na era da digitalização, essas personalidades se tornaram figuras proeminentes em nossa sociedade, com milhões inscritos em diferentes redes sociais.

Esses produtores de conteúdo contam com uma grande influência sobre a opinião pública e as decisões de compra. Compartilhando suas experiências e conhecimentos (em alguns casos, nem precisam ter conhecimento sobre o produto resenhado), eles geram tendências e definem padrões de consumo. Além disso, sua capacidade de se conectar com o público e transmitir mensagens levou muitas pessoas a confiarem mais em suas recomendações do que na publicidade tradicional.

No entanto, essa influência também gerou debates e desafios. Alguns críticos argumentam que a sociedade está se tornando excessivamente dependente das opiniões desses influenciadores, o que pode levar à falta de pensamento crítico. E a falta de transparência nas colaborações somado com o surgimento de avaliações e promoções falsas levantaram preocupações sobre a ética e a autenticidade dos influenciadores.

 

É melhor então acreditar nos pequenos

É nesse contexto que surgem os micro e nano influenciadores, que contam com um número menor de seguidores, mas exercem uma influência significativa em nichos específicos.

Esses influenciadores são especialistas em áreas como moda, beleza, fitness, tecnologia, alimentação saudável, viagens, entre outros. Devido à sua especialização e autenticidade, eles geram altos níveis de confiança e credibilidade entre seus seguidores.

Eles podem ter menos seguidores em comparação com os grandes influenciadores, mas são produtores de conteúdo atraentes para marcas e empresas, devido à segmentação e ao alcance de um público-alvo definido. Geralmente são mais acessíveis em termos de custos de colaboração, podendo até realizar parcerias por meio de intercâmbio de produtos ou serviços.

A escala dos influenciadores pode ser dividida da seguinte forma, levando em consideração o número de seguidores:

  •     Nano influenciadores (1.000 a 10.000 seguidores)
  •     Micro influenciadores (10.000 a 50.000 seguidores)
  •     Influenciadores de nível médio (50.000 a 500.000 seguidores)
  •     Macro influenciadores (500.000 a 1.000.000 de seguidores)
  •     Mega influenciadores (mais de 1.000.000 de seguidores)

Marcas renomadas como DoorDash, IKEA, Sephora, Dyson e Starbucks estão constantemente trabalhando com nano influenciadores, em função das vantagens claras que eles proporcionam e que foram mencionadas neste artigo. No entanto, é preciso ter cuidado, pois algumas marcas podem se aproveitar da situação, oferecendo menos dinheiro ou até mesmo solicitando trabalhos gratuitos, o que eu acho deplorável por parte das marcas e de alguns profissionais que trabalham em algumas agências de publicidade.

Falo disso com certa propriedade. Não foram poucas as vezes que algumas marcas pediram para promover os seus produtos de graça, e eu recusei solenemente, pois entendia que eu também merecia receber pelo meu trabalho. Mas não são todos que trabalham em assessoria de imprensa que pensam dessa forma.

De qualquer forma, se você é um produtor de conteúdo menor e em algum momento no futuro uma grande marca bateu na porta do seu blog, site, canal de vídeos ou conta nas redes sociais, faça o que for possível para receber pelo seu trabalho. Procure cobrar valores que você entende ser os justos e corretos.

E jamais faça algo de graça. Para ninguém.

Entendeu?


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@oEduardoMoreira