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Primeiras Impressões | Batalha dos Confeiteiros Brasil (Record, 2015)

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Buddy Valastro é, hoje, o confeiteiro mais famoso do mundo. Ele conseguiu prestígio e fama não apenas por fazer bolos dos mais diferentes formatos, mas principalmente por conta de sua simpatia. E com a ajuda de seus familiares com um comportamento tipicamente italiano. Sério, todo mundo gosta do Buddy, e seus vários programas de culinária (Cake Boss Kitchen Boss, Next Great Baker, entre outros) são campeões de audiência em todo o planeta.

Pensando em tudo isso – e no momento onde os programas de culinária são uma febre na TV brasileira -, a Record decidiu trazer Buddy para o Brasil para matar dois coelhos com uma única cajadada: ajudar o nosso apresentador a promover a inauguração da primeira unidade da Carlo’s Bakery (confeitaria de propriedade de Buddy) fora dos Estados Unidos e realizar um reality competition que vai escolher o sócio brasileiro que será responsável pelo gerenciamento dessa unidade.

Nasceu assim o programa Batalha dos Confeiteiros, que nada mais é do que a adaptação nacional de um dos programas que Buddy comanda nos Estados Unidos, já em exibição na TV a cabo brasileira. Entendo que esse tipo de iniciativa é boa para todo mundo: a Record ganha um programa de qualidade (ou de melhor qualidade que A Fazenda), Buddy tem um novo sócio e a maior visibilidade para os seus negócios em território nacional, e o telespectador, que tem mais um reality culinário para chamar de seu.

12 finalistas foram recrutados, das mais diferentes origens, com experiências diferentes. Alguns são confeiteiros profissionais, outros apresentam seus trabalhos na internet, mas sem ganhar dinheiro profissionalmente com isso, confeiteiros amadores, entre outros. Temos até uma colombiana no grupo. Obviamente, são pessoas com personalidades e temperamentos diferentes, o que resulta rapidamente em conflitos e intrigas. Aliás, mais rápido do que em outros programas. Em Batalha dos Confeiteiros, a diplomacia foi para o saco rapidamente. E isso não é tão ruim assim.

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A mecânica geral do programa é a mesma que já vimos em outras competições do gênero: uma primeira prova individual e criativa, para testar as habilidades de cada confeiteiro. O vencedor não recebe a imunidade (nesse primeiro momento), mas ganha uma vantagem competitiva que pode beneficiá-lo na prova de eliminação, que nesse primeiro episódio foi feita em equipe (e isso deve se manter assim pelo menos nas primeiras semanas).

A equipe que tiver o pior desempenho na prova de eliminação terá o seu pior membro eliminado, em uma decisão que é tomada exclusivamente pelo Buddy.

Algumas coisas fizeram as pessoas torcerem o nariz para Batalha dos Confeiteiros. Uma delas é o fato de Buddy Valastro ser dublado. Aqui, a explicação é bem simples e racional: o programa é exibido na TV aberta, e vocês já devem saber que a grande maioria da audiência da TV aberta não suporta ler legendas. E como a Record quer tornar o programa o mais acessível possível para a maioria das pessoas, decidiu adotar a mesma dublagem que já é feita nos programas do confeiteiro exibidas na TV paga.

Além disso, os competidores contavam com um ponto eletrônico, que se encarregava de enviar a tradução simultânea para eles. Uma solução tecnológica que tornou as coisas mais funcionais e naturais.

Outra coisa que gerou alguns comentários mais piadistas foi a presença da cantora Gaby Amarantos como jurada convidada da primeira prova de eliminação. Ok, muita gente esperava algum profissional da área para avaliar as “obras primas” apresentadas (entenda as ironias nas “aspas”, uma vez que alguns bolos apresentados eram piores do que feitos por alunos da quinta série), mas… relevem, galera! O MasterChef Brasil fez algo parecido na segunda temporada, e ninguém falou nada.

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De um modo geral, não dá para desgostar de Batalha dos Confeiteiros. Quem gosta desse formato de programa vai gostar da proposta da Record. Até porque é uma co-produção do canal aberto com o grupo Discovery (que vai exibir o reality no canal Discovery Home & Health na TV paga brasileira), o que garante uma qualidade maior na produção – até porque, convenhamos, não dá para colocar a mão no fogo pela Record… -. Já destacamos a simpatia de Buddy, que até dando bronca nos outros é um cara legal. E como já temos as intrigas entre os participantes, fica difícil não assistir.

Talvez a grande preocupação está na saturação do formato. Tem muitos realitys culinários no ar, e as pessoas podem simplesmente se cansar, assim como aconteceu com os realitys musicais. Mas enquanto isso não acontece, eu sou da teoria do “quanto mais, melhor”. Sem falar que todo mundo precisa comer, mas não é todo mundo que gosta de música.

Logo… seja bem vindo ao Brasil, Buddy Valastro! Espero que goste do país, e que fique muito tempo por aqui!


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@oEduardoMoreira