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Primeiras Impressões | Graceland (USA, 2013)

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O canal USA estreou recentemente o drama policial Graceland. Quero dizer, recentemente “naquelas” (da minha parte), pois a série estreou só no começo de junho, e só agora estou escrevendo as primeiras impressões do piloto. Mas no final das contas, até que não fiquei muito decepcionado com o piloto, que tenta fazer um “mix” de Anjos da Lei com Hawaii Five-O, com a participação de nerds e latinos. Calma, eu explico tudo a seguir.

Antes de qualquer coisa… sim, você está certo. A referência do nome Graceland é sim a famosa mansão de Elvis Presley em Memphis, Tennessee. Porém, como não era possível colocar uma praia no interior dos Estados Unidos, eles deslocaram o cenário da série para a Califórnia, onde temos corpos bronzeados, cenas de surf e latinos traficantes de drogas. Todos esses elementos são vitais para a trama da série.

Graceland é focada em Mike Warren (Aaron Tveit), um recém formado agente do FBI que vai para uma equipe de policiais disfarçados na costa oeste dos Estados Unidos, para supostamente investigar os crimes locais. A tal casa (que se chama Graceland) é na verdade um disfarce para essa equipe de policiais, que é liderada por Paul Briggs (Daniel Sunjata). Com diferentes personalidades dentro de uma única casa, eles precisam se entender para realizar as operações locais, sem serem pegos (até porque ninguém vai desconfiar de seis jovens sarados morando em uma mega casa de praia, não é mesmo?).

A questão é que Mike é considerado um prodígio, o futuro do FBI. O cara é tão crânio, que ele é completamente diferente dos agentes do FBI retardados que vimos em The Following. Sua inteligência fez com que ele se destacasse diante dos olhos do diretor geral do FBI, que o deslocou para a Califórnia com uma missão bem específica: vigiar Paul Briggs de perto. O FBI desconfia que Paul está usando de métodos ilícitos para “fazer justiça” (algo que é confirmado logo no piloto), e por conta disso, Mike é o responsável por pegar o próprio superior com a boca na botija (ou, nesse caso, o dedo no gatilho).

Graceland - Season 1

Graceland é dos mesmos criadores de White Collar, e dá para perceber no piloto a mesma “pegada” de série. E não falo apenas pelo plot policial da trama. O protagonista/mini gênio do FBI é o charmosinho da turma, o que deve garantir a audiência de parte do público feminino. Outro ponto que foi possível detectar no piloto foi algumas doses de humor, que deixam o episódio mais ágil.

Porém, é uma série que teve um piloto regular, e nada mais. Apresentou os personagens ao público, mostrou o que cada um tinha que fazer, e no final, deu o “boom” que todo mundo quer ver (revelando os reais objetivos de Mike na trama). Teve as suas cenas de ação, do tipo “abaixa a arma, senão, eu vou atirar”, as cenas na praia, as cenas de corpos sarados na praia, as cenas de surf, as piadas com as gostosas na praia… todos os esteriótipos que uma série com essa proposta precisa. Afinal, estamos em um ambiente tipicamente juvenil/adulto. E são policiais disfarçados, oras!

Com tudo isso, Graceland não tem um piloto que empolga, mas tem um plot que pode render alguma coisa. Essa dualidade criada do “agente duplo ao quadrado” pode fazer com que a trama vá além daquela série do caso/traficante do dia, e oferecer uma série policial que pelo menos ofereça aquela proposta de mostrar até onde vai a lealdade ou a desonestidade no cumprimento do dever.

Não é um piloto de todo ruim. Vou dar mais uma chance para ver onde vai dar. Recomendo que veja o piloto. Vai que você acaba gostando, não é?


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@oEduardoMoreira