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Primeiras Impressões | Superstore (NBC, 2016)

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Seja bem vinda de volta, America Ferrera! Eu estava sentindo sua falta.

Aproveitando a pausa de final de ano, a NBC decide ocupar a sua grade de programação com os previews de suas novas comédias. Uma delas é Superstore, protagonizadas pela atriz que, em 2007, venceu o Globo de Ouro, o Screen Actors Guild Awards e o Emmy Awards de Melhor Atriz de Comédia por sua atuação em Ugly Betty (ABC). Depois de cinco anos longe do mainstream, ela volta em uma comédia em um canal que tem crise de identidade com o gênero, depois de viver uma “era de ouro” na TV, oferecendo algumas das melhores comédias de todos os tempos.

Superstore mostra o dia a dia da Cloud 9, uma das milhares megastores que estão espalhadas ao redor dos Estados Unidos (e no Brasil também). Toda a nossa perspectiva é centrada em Amy, veterana de 10 anos na loja, mas que não saiu do posto de supervisora do departamento de eletrônicos. Por conta disso, ela vive uma rotina um quanto tanto entediante, até porque ela mesmo se vê como alguém bem sem graça. Não tem bom humor, não se diverte no trabalho, e leva o seu emprego medíocre a sério demais.

A vida de Amy na Cloud 9 pode mudar com a chegada de Jonah (Ben Feldman), o novo funcionário da loja, e seu subordinado direto dentro do seu departamento. Jonah até parece ser uma boa pessoa, mas causou em Amy uma péssima primeira impressão, ao fazer comentários inconvenientes e cometer erros bizarros na gestão de preços da loja. Isso foi o suficiente para acontecer uma conexão entre os dois, para que no futuro (quem sabe) essa amizade vire algo mais.

É claro que tem mais gente de olho no pseudo bom partido chamado Jonah. Dina (Lauren Ash), gerente assistente da Cloud 9, é uma das interessadas, a ponto de perguntar se Jonah era solteiro e hétero. Aliás, a loja é especializada em contratar pessoas meio malucas, por conta do seu desligado gerente Glenn (Mark McKinney).

De qualquer forma, a série mostra como esses diferentes perfis convivem juntos, tentando quebrar a entediante rotina de uma loja de departamentos.

Superstore é engraçadinha, mas não hilária. É um híbrido de The Office com alguma comédia romântica que já vimos nas temporadas anteriores. Metade de toda a existência da série se justifica pela presença de Ferrera e Feldman, e felizmente os seus personagens até que recebem bons diálogos e situações minimamente interessantes. Porém, a série como um todo tende a ser de difícil aceitação para a maioria dos telespectadores.

O piloto de Superstore não é ruim. Tem algumas coisas bem sacadas, como um flashmob para pedido de casamento que começa com um assalto de mentira (e isso é culpa do YouTube) e piadas envolvendo antiácido e metanfetamina. Mas não é uma comédia que você vai rir até desmaiar. Aliás, acho que dificilmente voltaremos a ter uma comédia assim novamente.

Talvez incomode o fato de não ser algo tão surpreendente e inovador a ponto de fazer você ficar diante da TV para ver mais episódios. É uma comédia simplesinha, bobinha, que pode muito bem ser vista em maratona quando você tiver alguma chance algum dia. Mas nada de sair correndo para baixar os episódios semanais. Não há por que ter essa pressa toda, e você pode depois conferir com calma se a mesma for renovada (eventualmente) para uma segunda temporada (algo que já considero difícil, ainda mais na NBC).

De qualquer forma, para os mais desocupados (ou sem nenhuma maratona para fazer no final do ano), talvez valha a pena tentar alguns episódios de Superstore, sem muito compromisso. Muito mais pela simpatia do que pela competência apresentada. Mais pela nostalgia à Ugly Betty do amor à A to Z.


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@oEduardoMoreira