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São Paulo tem novo membro no clube dos vexames no Paulistão: o Novorizontino

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Mirassol. Água Santa. Novorizontino.

A lista de equipes do interior e/ou de menor expressão que eliminaram o São Paulo de forma precoce no Campeonato Paulista só aumenta. E isso faz com que o fator surpresa vá se esvaindo, para dar lugar ao “novo normal” para o tricolor paulista.

E a culpa não é do pessoal de marketing que rebatizou o estádio para Morumbis (um nome de gosto muito duvidoso, mas que rende algum dinheiro extra para o time).

A culpa não é nem do Grêmio Novorizontino, que mereceu a classificação por ter uma equipe muito organizada em campo.

A culpa é do São Paulo. E de mais ninguém.

Do São Paulo… e do Thiago Carpini, que pegou o time montado pelo Dorival Júnior e conseguiu fazer o motor do carro fundir com apenas dois meses de uso. Muitos questionam o treinador no time, e eu concordo com quem está reclamando de sua atuação ao coordenar a equipe.

Não são apenas as alterações equivocadas. A possível birrinha com o James Rodriguez (que está louco pra jogar por querer garantir o seu lugar na seleção da Colômbia) é algo que incomoda. Sem falar no Garoppo, que não errou pênaltis no São Paulo, e não teve a chance de bater pênaltis hoje.

Mas a pior parte de tudo isso não é a eliminação, nem a derrota nos pênaltis e até mesmo a incapacidade de virar um jogo em casa.

A pior parte foi aquele gol que o São Paulo tomou do Novorizontino no começo do jogo.

Aquilo foi (sem sombra de dúvidas) a coisa mais bizarra que eu vi em toda a minha vida. O gol mais fácil que um time marcou em outro em condições normais de temperatura e pressão.

A falha do lado esquerdo da defesa do São Paulo é tão absurda, que eu desconfio seriamente que minha amiga Lourdes Pessini marcaria esse gol com a mesma facilidade. Lembrando que dona Lourdes é uma mulher com 80 anos e com dificuldades de locomoção, a ponto de precisar usar muletas para se deslocar por 10 metros.

Sem brincadeira: o gol não só foi fator que contribuiu para a eliminação, como foi o símbolo de um São Paulo que não tem defesa, peca no sistema tático (que, ao que tudo indica, está respaldado exclusivamente no Lucas Moura) e com um ataque que poderia render mais com Luciano e James (se Rodriguez tivesse entrado em campo mais cedo hoje).

Este é o São Paulo que vai disputar a Libertadores 2024. E que deve ser eliminado na primeira fase, sem maiores surpresas. Será um milagre se o tricolor paulista sobreviver à fase de grupos.

Espero que ainda dê tempo de reforçar o elenco antes do início da Libertadores. Pelo menos isso. E que o treinador seja minimamente humilde para reconhecer seus erros e fraquezas para ajustar o time onde é necessário.

Mas como eu acredito que o parágrafo anterior foi escrito baseado em algum sonho maluco que tive nos últimos 30 minutos, o jeito é esperar pelo pior e aceitar o que vier para o São Paulo daqui para frente.

Não estou bravo ou revoltado, por incrível que pareça. Tenho até uma dose de conformismo nas minhas palavras.

Mas que é irritante ser eliminado dessa forma (mais uma vez), pode ter certeza que é.


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@oEduardoMoreira