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Taylor Swift tem uma nova inimiga: a Ticketmaster

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Até parece que isso aconteceu no Brasil, onde meros mortais como eu não conseguiram ingressos para o Museu do Ipiranga e para o GP de São Paulo de Formula 1 em 2023.

Os fãs de Taylor Swift estão furiosos nos Estados Unidos porque não conseguem ingressos para os shows da nova turnê da cantora, a The Eras Tour. A responsável pela venda dos tickets é a Ticketmaster, que agora é o novo alvo da cantora que já peitou a Apple e o Spotify (e saiu vencedora nos dois casos).

Faz tempo que esses sistemas de vendas de ingressos online estão perdendo a batalha para a avalanche de fãs que querem comprar a mesma coisa ao mesmo tempo, e alguém precisa fazer alguma coisa.

 

Taylor Swift, por favor, nos salve (de novo)

E lá vem a TayTay peitar o mundo da tecnologia para estabelecer um pouco de bom senso em nossas vidas.

Nada menos que 3.5 milhões de usuários tentaram ao mesmo tempo comprar ingressos para um dos 27 (que, depois, viraram 52) shows da The Eras Tour. Isso está acontecendo porque Taylor Swift não saiu em turnê nos últimos cinco anos.

A Ticketmaster se defende, afirmando que o tráfego em seu site foi sem precedentes (até quatro vezes maior que o seu recorde histórico), mas isso não foi o suficiente para acalmar o coração de Taylor, que já fez coisas muito piores com os seus ex-boys que foram massacrados em suas canções.

Taylor Swift decidiu então cancelar as vendas dos ingressos da turnê pela Ticketmaster, o que resultou em uma queda das ações da empresa na Bolsa de Valores.

Enquanto isso, os fãs estavam revoltados nas redes sociais, porque ficaram em filas virtuais por horas a troco de nada. Foram milhões de fãs de Taylor que foram feitos de trouxas, pois ficaram esperando pelo início das vendas de um ingresso que jamais teria nas mãos.

 

Ticketmaster é mais uma que perde a guerra para os bots

A Ticketmaster até tentou evitar o pior, criando um sistema de registro prévio para usuários verificados, na tentativa de eliminar sistemas automatizados de compras. Porém, a quantidade assombrosa de bots que atacaram o seu sistema impediram que os fãs de Taylor Swift conseguissem os códigos de convite para compra dos ingressos.

Os efeitos colaterais desse cenário de caos é o mercado negro inflacionando os valores desses ingressos. Os valores oficiais dos tickets custavam entre US$ 49 e US$ 449. Agora, quem quiser ir aos shows pode ser obrigado a pagar até US$ 20 mil por ticket.

A Ticketmaster vendeu mais de 2 milhões de ingressos para esses shows, e essa é a maior quantidade de tickets vendidos para um único dia para ver um único artista. Porém, fica dúvidas se essas vendas vão mesmo se converter em audiência nos shows de TayTay.

 

É preciso acabar com a revenda de ingressos

O sistema de vendas de ingressos precisa ser atualizado, pois oferece uma experiência problemática para o usuário e uma mina de ouro para quem usa bots para conseguir essas entradas para serem revendidas por preços obscenamente mais altos.

Os artistas começaram a denunciar de forma aberta o problema e até a omissão das empresas de vendas de ingressos. Taylor Swift não está sozinha na causa, pois a banda alemã Rammastein fez a mesma coisa recentemente.

Enquanto isso, a Ticketmaster e outras empresas de vendas de ingressos online lavam as mãos, pois ficam com os seus lucros de qualquer maneira. E quem entra no prejuízo mesmo é o fã, que só gostaria de se divertir ao ver o seu artista cantar ao vivo.

Agora, todos precisam lidar com o pesadelo de depender de um sistema obsoleto.

Só Taylor Swift mesmo para salvar essa causa.


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@oEduardoMoreira