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5 países onde as redes sociais estão proibidas (e motivos para acreditar que essa é uma decisão babaca)

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Para mim, para você, para a sua mãe e até mesmo para aquele vizinho que é muito amigo da sua mãe, usar as redes sociais é algo tão comum quanto você soltar um peido no sofá enquanto assiste ao Jornal Nacional.

Algumas pessoas que eu conheço simplesmente não conseguem viver sem o Instagram ou o Twitter. E, curiosamente, uma dessas pessoas eu encontro no espelho do meu apartamento de tempos em tempos.

Fato é que as redes sociais mudaram a forma como as pessoas se comunicam e se conectam, tornando-se uma ferramenta importante em nossa vida cotidiana. Porém, nem todos os países permitem o uso dessas plataformas, e em alguns casos, elas são completamente proibidas.

Neste artigo, vamos explorar os cinco países onde o acesso às redes sociais é proibido e os motivos por trás dessas restrições.

 

China

A China é conhecida por ter uma das políticas de censura online mais rigorosas do mundo, contando com o chamado Grande Firewall que bloqueia o acesso a muitos sites e plataformas online.

O Facebook, Twitter e YouTube são alguns exemplos de sites que estão bloqueados na China. O governo chinês justifica essas proibições como uma medida para proteger a segurança nacional e impedir a disseminação de informações falsas e prejudiciais.

Para contornar essas restrições, os chineses usam suas próprias redes sociais, como WeChat e Weibo, que estão sujeitas a rígidos controles governamentais.

Embora muitas pessoas ainda usem o Facebook e outras plataformas proibidas na China, a punição para aqueles que são pegos pode ser severa.

 

Irã

O Irã é outro país que proíbe o acesso ao Facebook e outras redes sociais populares. As autoridades iranianas justificam essa proibição como uma medida para proteger os valores culturais e religiosos do país.

No entanto, muitos críticos argumentam que a proibição está sendo usada para silenciar a dissidência política e limitar a liberdade de expressão. Muitos iranianos ainda podem usar as plataformas vetadas pelo governo através das redes privadas virtuais (VPNs).

As autoridades iranianas tentam impedir o uso de VPNs, mas isso está inibindo os cidadãos.

 

Coreia do Norte

A Coreia do Norte é conhecida por ser um dos países mais isolados do mundo, com controle total do governo sobre o acesso à internet.

A grande maioria dos sites e plataformas online estão bloqueados, incluindo o Facebook e outras redes sociais populares que o governo vê como uma ameaça ao seu regime autoritário.

Apenas uma pequena fração da população tem acesso à internet na Coreia do Norte, e mesmo assim, a maioria do conteúdo online é controlado e monitorado pelo governo. Qualquer pessoa que é pega acessando sites ou plataformas proibidas pode enfrentar sérias consequências.

E uma das consequências mais sérias é comparar o ditador da Coreia do Norte com o Ursinho Pooh. Experimenta fazer isso, e descubra se você vai sobreviver por muito mais tempo.

 

Turcomenistão

No Turcomenistão, o acesso à internet é fortemente restrito e altamente controlado pelo governo.

Plataformas como Facebook, Instagram, YouTube, WhatsApp, Telegram e outras redes sociais estão proibidas no país. O governo turcomano justifica a proibição como uma medida para proteger seus cidadãos de conteúdo impróprio e notícias falsas.

De fato, em 2010 a Anistia Internacional apresentou um artigo detalhado denunciando que Gurbanguly Berdymukhamedov, então presidente do país, chegou a realizar um bloqueio total da Mobile TeleSystems (MTS), a maior operadora de telefonia do país. Sem falar nas denúncias pelas perseguições contra adversários políticos do governante.

 

Rússia

E você achou que a Rússia não ia entrar nesse artigo?

Achou errado, otário!

Na Rússia, o governo de Vladimir Putin proibiu o acesso ao Facebook, Instagram e Twitter em todo o país em 2022, em uma tentativa de silenciar a oposição e impedir a disseminação de informações e notícias falsas.

Ou melhor, para controlar o que o cidadão russo recebe de informações vindas do mundo civilizado, evitando assim que o povo se rebele contra os seus governantes. E, obviamente, calar qualquer opinião contrária sobre o conflito bélico que Putin iniciou.

A proibição foi implementada durante a guerra com a Ucrânia, e tem como objetivo evitar que as plataformas sejam utilizadas para organizar protestos e dissensões políticas. No entanto, muitos russos ainda conseguem acessar as redes sociais usando VPNs, tal e como outros países ensinaram tão bem.

 

É óbvio que nada disso é algo minimamente aceitável

Muitos especialistas condenam essas proibições, argumentando que elas violam os direitos humanos básicos de liberdade de expressão e acesso à informação. Eles também apontam que muitas dessas proibições são justificadas por razões políticas, e que os governos que as impõem frequentemente usam a desinformação como um pretexto para controlar o fluxo de informações que a população recebe.

Embora o debate em torno da censura online e das proibições de redes sociais esteja longe de acabar, é importante reconhecer que essas restrições afetam não apenas os indivíduos que vivem nesses países, mas também a comunidade global de usuários de redes sociais. Quando um país proíbe uma rede social, isso afeta a capacidade de pessoas em todo o mundo de se conectar e compartilhar informações.

Além disso, muitos usuários em países onde o acesso às redes sociais é proibido procuram maneiras de contornar essas restrições, muitas vezes usando VPNs ou outras tecnologias para ocultar sua localização e acessar a internet sem restrições. Isso pode levar a um jogo de gato e rato entre os usuários e os governos que procuram controlar o acesso à internet, bem como a uma série de problemas de segurança cibernética e privacidade.

Por fim, é importante lembrar que o papel das redes sociais na sociedade é complexo e multifacetado. Embora possam ser usadas para difundir informações falsas e prejudiciais, também desempenham um papel crucial no fomento da comunicação e da conexão entre pessoas e comunidades em todo o mundo.

É obrigação que governos encontrem um equilíbrio entre a proteção da segurança nacional e o respeito aos direitos humanos fundamentais, e que trabalhem em colaboração com as empresas de tecnologia para garantir que as redes sociais sejam um espaço seguro e aberto para todos os usuários.

Mas isso sou eu teorizando sobre um hipotético mundo perfeito. É óbvio que a questão é muito mais complexa do que uma simples fala sobre o que é certo o errado.

Tentar convencer ditadores a mudar de ideia é uma missão quase impossível. É muito mais fácil eu ficar rico na internet do que fazer o Putin mudar de ideia ou ter bom senso na vida.


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@oEduardoMoreira