Os protestos contra o assassinato de George Floyd pelas mãos (ou melhor, o joelho) de um policial branco em Minneapolis estão ocupando boa parte dos Estados Unidos. Em várias cidades foi decretado o toque de recolher, o que deixa os cenários dos protestos ainda mais tenso.
Muitos dos protestos que começaram pacíficos se desvirtuaram, pois alguns vândalos saíram às ruas para destruir, incendiar e saquear. Isso levou a polícia de algumas cidades a denunciar e prender os mais violentos.
Um aplicativo utilizado pela polícia de Dallas está auxiliando nessa tarefa de prisões. A população pode denunciar quem estão realizando os atos de vandalismo com vídeos enviados para a plataforma. A polícia analisa o material, identifica os culpados e em momento posterior toma ações legais contra os criminosos.
Porém, a popularidade da polícia norte-americana não está no seu melhor momento nas redes sociais, e um grupo de fãs de K-Pop decidiram colocar o software em colapso.
Uma sabotagem virtual protagonizada pelos fãs do K-Pop
O que aconteceu foi o seguinte: os fãs de K-Pop começaram a publicar em suas contas no Twitter a existência do software, denunciando as ações da polícia de Dallas. Por isso, pediram para os seus seguidores para enviar uma enorme quantidade de material audiovisual com a intenção de colapsar o aplicativo. A ideia era enviar a maior quantidade de fancams possível para atrapalhar o trabalho dos policiais.
https://twitter.com/irecorcoles/status/1267461913014947846
A quantidade de material enviado para o aplicativo foi tamanho, que o programa entrou mesmo em colapso, já que não suportou a enorme quantidade de informações. O aplicativo ficou em funcionamento por poucas horas, pois teve que ser retirado do ar diante da saturação de dados.
Due to technical difficulties iWatch Dallas app will be down temporarily. pic.twitter.com/zksA1hkVhV
— Dallas Police Dept (@DallasPD) May 31, 2020
Não vou aqui defender o vandalismo cibernético em nome de uma causa que fala diretamente com a necessidade do ser humano aprender sobre a história dos negros, além de compreensão do que realmente significa o contexto histórico do racismo. Mas não dá para negar que a iniciativa é, no mínimo, curiosa.