Gente… nada contra o Marcos Mion. Pelo contrário: estou feliz com o sucesso dele na Globo, pois é mais do que merecido.
O meu problema é o Guilherme Briggs, que entregou não apenas a voz como também a personalidade ao Buzz Lightyear, não dublar o personagem quando ele vira o centro das ações.
“Lightyear” um dos filmes mais esperados do ano por muita gente, terá a voz de Marcos Mion como protagonista, substituindo Guilherme Briggs que interpretou o papel ao longo de toda a franquia Toy Story.
E eu sinceramente não sei se a Disney acertou nessa.
Se depender apenas do que penso nesse momento, a resposta é NÃO.
De novo: o problema é deixar Briggs fora
A dublagem brasileira é a melhor do mundo. Seus profissionais são extremamente competentes, e os diretores envolvidos no processo também merecem aplausos. E, quem sabe por causa desses argumentos é possível apostar em um trabalho surpreendente de Marcos Mion.
De qualquer forma, é justamente por defender a qualidade da dublagem brasileira é que eu vejo essa troca como algo profundamente doloroso. Especialmente para os fãs de Toy Story, que cresceram com o referencial de Guilherme Briggs no papel de Buzz Lightyear.
Muito provavelmente os envolvidos (Disney e Pixar) vão defender a teoria do “são personagens diferentes”, uma vez que Toy Story mostra os BRINQUEDOS, e Lightyear vai mostrar A PESSOA QUE INSPIROU O BRINQUEDO.
Mesmo assim… tenta explicar para a minha memória afetiva, que aceitou Briggs como o astronauta que acreditava que era um herói.
E é aqui que se encontra o grande problema da decisão: deixar Briggs de fora.
Eu vou assistir ao “Lightyear”?
Sim, claro. Não é isso o que vai me impedir de ver o filme.
Ainda acho que essa será a animação do ano e, se tudo estiver redondo, leva o Oscar 2023 como Melhor Longa de Animação. E gosto de mais da franquia Toy Story para desistir do filme dessa forma.
Porém, apesar de não torcer contra o Mion (é importante reforçar isso em era de haters das redes sociais), não posso deixar de compartilhar com você o gosto amargo na boca em pensar que a voz de Buzz está bem diferente daquela com a qual nos acostumamos a ouvir há quase 30 anos.
Bom, é assim a vida. Que Marcos Mion seja bem-vindo ao papel, e que possa fazer um ótimo trabalho ao interpretar o personagem.
Mas não podemos negar que é o fim de uma era. Briggs vai fazer falta, e poderia simplesmente arrasar em um filme solo de Buzz.
É… sinal dos tempos.
P.S.: ao que tudo indica, é uma regra da Disney a troca dos dubladores, justamente por considerar personagens diferentes. Nos Estados Unidos, toda a franquia Toy Story recebeu a voz de Tim Allen como Buzz. Já em Lightyear, o personagem será dublado por Chris Evans. Além disso, rodando pelas redes sociais, li algumas contas informando que Briggs não quis fazer o filme também por esse motivo (mas como não vi Guilherme falando sobre isso em lugar nenhum, deixo no campo dos rumores… por enquanto).