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Primeiras Impressões | Arrow (CW, 2012)

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A CW resolveu mostrar as suas novas armas para a nova temporada de séries. Na verdade, uma única arma: o arco e flecha. Arrow, série baseada nos personagens de quadrinhos Arqueiro Verde, é a principal aposta entre as novas séries do canal, e já mostrou reflexos positivos para a CW, conseguindo uma expressiva audiência de 4 milhões de espectadores. Mas… será que vai?

Para quem não está familiarizado: a série conta a história de Oliver Queen (Stephen Arnell), filho de um milionário, playboy/comedor convicto, que acaba sendo uma das vítimas do naufrágio do barco da família, com seu pai e a irmã de sua namorada (ou ex, agora), Dinah Lance (Katie Cassidy), que por sua vez, é filha do detetive da cidade, Quentin (Paul Blacktorne), que é um dos inúmeros inimigos pessoais que Oliver vai ter na série.

Oliver é dado como morto, mas na verdade, ele fica desaparecido por cinco anos em uma ilha misteriosa. Lá, ele desenvolve inúmeras habilidades, que ninguém conhece. Quero dizer, quase ninguém, pois é fato que vai aparecer para atrapalhar a vida do herói. Quando ele volta para a civilização, ele é um homem mudado, e com sede de justiça. Mas isso tem um motivo: atender o último desejo do pai, que confessou os seus erros antes de morrer, e entregou para Oliver um caderninho com os nomes das pessoas perigosas da cidade, que o nosso amigo vai derrotar na base do arco e flecha.

No meio do caminho, tem que lidar com a ex-namorada, que descobriu que era traída com a própria irmã, que morreu no naufrágio, a desconfiança (e a trairagem) do então melhor amigo Tommy (Colin Donnel), a mãe, que tão logo o pai morreu, se casou com o “melhor amigo” dele, e que vai tentar eliminar o próprio filho, com medo do que ele sabe e do que pode fazer, e com a irmã mais nova, que virou uma desajustada depois que o irmão “morreu”. E é isso. Temos Arrow, a nova série de heróis da CW.

Não vou falar mal do piloto de Arrow, até porque é muito melhor do que muita coisa que a CW ousou colocar no ar. Ao menos o piloto da série mostra o que o promo vendeu: uma série de ação, com um herói com sede de justiça (ou vingança, entendam como quiser), com cenas de luta do tipo “exército de um homem só” (mas nesse caso, é aceitável, pois o cara deve ter passado por um treinamento ferrado ao longo de cinco anos na ilha), e tem inclusive a empregada, que vai ser a futura cúmplice do herói. Tudo está no seu lugar.

Além disso, a produção do piloto é minimamente bem feita. Diferente de Ringer, por exemplo, ao menos eles souberam disfarçar as cenas de um barco no estúdio. Outra coisa: na cena do naufrágio, decidiram usar água de verdade, levando todo mundo para a piscina, do jeito como deve ser. Não exageraram nos chroma keys (apesar da fachada da velha fábrica dos Queen ser visivelmente feita por computador)… enfim, fizeram direitinho. Ok, a série tem algumas “barrigadas”, com algumas situações no mínimo “confusas” e “mal formatadas”, como por exemplo, um dispositivo hacker em uma flecha, as performances de le parkour (procure no Google o que é), e um arqueiro derrotar um exército fortemente armado, em um prédio lotado de seguranças. Mas já me conformei que se isso for muito bem explicado, a série não existe.

Enfim, dentro da proposta prometida pela CW, eu gostei do piloto de Arrow. Não é o tipo de série que eu gosto, e muito provavelmente não vou acompanhar, mas por incrível que pareça, vejo a CW acertando mais dessa vez. Não acho que vai manter essa audiência toda, mas se manter pelo menos a metade dessa audiência, já pode ser considerado o novo hit do canal. Pelo menos posso dizer que é bem melhor que a porcaria chamada The Cape (missão essa que, convenhamos, não é difícil), e pode garantir a diversão que os fãs dos heróis de quadrinhos tanto anseiam. Os produtores já informaram que vão inserir novos elementos dos quadrinhos, principalmente os seus vilões, e isso deve garantir uma dinâmica maior dentro do universo da própria série.

Podem me chamar de maluco, mas entendo que a CW acertou dessa vez.


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@oEduardoMoreira