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Adeus, Kinect!

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Você precisava ver como eu arrasava no Dance Central, jogo que sempre achei BEM MELHOR que o Just Dance (desculpa, modinhas, mas estou jogando verdades inconvenientes na cara de vocês), ou fingindo que fazia exercícios com o Kinect Fitness. Bons tempos onde eu enganava a mim mesmo fazendo do videogame uma atividade física.

Tempos que não voltam mais.

O Kinect nasceu prometendo revolucionar a forma em como interagíamos com os jogos de videogame, mas chegou um pouco atrasado. Tentou ser superior ao conceito do Nintendo Wii, mas não contava com a carisma da proposta japonesa. E depois que a Microsoft tentou enfiar o acessório goela abaixo no lançamento do Xbox One, ele simplesmente estava condenado à morte.

Com a chegada dos consoles de nova geração Xbox Series X e Xbox Series S, o Kinect merece um último réquiem para o seu derradeiro adeus.

 

 

 

Ele começou bem…

 

 

O Kinect lançado no Xbox 360 era promissor. Bom, pelo menos era superior que a proposta similar apresentada pela Sony no PS4, e melhor integrada com os jogos que a Microsoft e suas parceiras comerciais lançaram na época.

De novo: a prova desse sucesso do Kinect era o simples fato que eu, um velho gordo e cansado, gastava horas dançando na frente da televisão no meio da sala de casa. Não era um acessório caro, e os seus jogos até que eram interessantes.

Porém, quando olhamos para trás e revisamos tudo o que a Microsoft fez de errado com o Kinect, constatamos que o seu triste fim era mesmo o desaparecimento. Até porque, naquela época, a gigante de Redmond já tinha essa irritante mania de alimentar o monstro da expectativa.

 

 

 

…mas não cumpriu com suas promessas

 

 

Títulos como Just Dance e Xbox Fitness foram os melhores exemplos de todo o ótimo potencial que o Kinect oferecia.

Eram jogos que entregavam o que prometiam: você efetivamente dançava e fazia exercícios com esses títulos. Aqui, os jogadores jovens adultos eram claramente atendidos, e talvez (só talvez) a Microsoft se esqueceu por alguns instantes que o público-alvo do Xbox era justamente esses usuários que eram bem atendidos pela proposta.

Porém, alguém na gigante de Redmond (Steve Ballmer, é você?) insistiu que o Xbox e o Kinect tinham que se aproximar a todo custo dos gamers mais casuais. E o resultado disso foi uma leva de jogos que, mesmo sendo divertidos, não conquistaram os gamers que já estavam jogando o Nintendo Wii a mais tempo.

E o último prego na tampa do caixão do Kinect foi a decisão infeliz da Microsoft em forçar a sua presença no Xbox One, o que fez com que o console ficasse US$ 100. Além disso, o acessório nesse console nunca funcionou da forma que foi planejado ou prometido, o que fez com que o item caísse primeiro na alameda da irritação, para depois curtir um descanso eterno no vale do esquecimento.

 

 

 

Kinect vive! (apesar da Microsoft)

 

 

O adeus do Kinect não é para sempre. Ele vale para o segmento de videogames. Para outras finalidades, principalmente nos campos de pesquisa e desenvolvimento nos mais diferentes campos (especialmente na medicina), o acessório é muito bem utilizado, ampliando os horizontes dos profissionais.

 

 

É uma pena que o Kinect naufragou. Era uma tecnologia promissora e muito interessante, mas a Microsoft infelizmente não teve a visão adequada para o produto prosperar. A nova geração de consoles de videogames da Microsoft coloca um ponto final a um produto que muito prometeu, mas não cumpriu. E, mesmo assim, marcou época na história dos videogames, mesmo com a sua curta vida entre nós.

Adeus, Kinect. E muito obrigado!

 


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@oEduardoMoreira