Os teclados e mouses da Microsoft eram tão bons, que contavam com verdadeiros devotos ao redor do mundo. E a notícia sobre o fim da produção desses periféricos por parte da gigante de Redmond pegou muitos usuários de surpresa.
Algumas pessoas (eu, inclusive) utilizavam esses produtos ao longo de décadas, por causa de toda a qualidade que a Microsoft empregava nesses acessórios.
Com o fim da produção destes dispositivos, os usuários se perguntam qual dispositivo escolher quando o que estão usando atualmente chegar ao fim de sua vida útil. E alguns já têm uma resposta para essa pergunta: os próprios teclados e mouses da Microsoft.
Comprando teclados em lote
June Taira é um usuário japonês que é fã declarado dos teclados e mouses da Microsoft. E esse fanatismo o levou a tomar uma decisão curiosa e radical
Ele comprou uma dezena de teclados sem fio Microsoft Sculpt Ergonomic Desktop. Segundo ele, o pedido foi feito via Amazon nos Estados Unidos, e todas as unidades já estão em suas mãos em Tóquio.
Com este movimento, Taira pretende ter teclados suficientes para duas décadas de uso ou “enquanto o padrão Bluetooth continuar”. Sim, pois sempre existe a possibilidade de uma tecnologia se tornar obsoleta ou ser substituída por outra.
O nosso protagonista teve que recorrer ao mercado norte-americano, pois em alguns países os teclados e mouses já estão esgotados no site da Microsoft.
E eu realmente acho que o nosso amigo Taira não está maluco. Se eu pudesse, eu faria algo semelhante com os mouses da Microsoft. Eu tenho algumas unidades adicionais de produtos específicos, como mouses de marcas e modelos que são de minha preferência.
Logo, ter uma reserva para vários anos de um produto que você conhece a qualidade e procedência não é nenhum absurdo. Desde que você tenha mais de US$ 400 na conta bancária para realizar tal investimento.
A qualidade da Microsoft justifica o investimento
A Microsoft tem décadas de experiência na venda de periféricos. Seu primeiro mouse foi lançado em 1983, e foi incluído em um pacote de softwares como Word, Bloco de Notas e um tutorial para aprender a utilizar o periférico.
O preço do mouse era de US$ 195 na época (US$ 566 atualmente), um valor bem salgado para um simples acessório para apontamento do ponteiro no sistema operacional. Mais tarde, em 1994, chegou o Microsoft Natural Keyboard, um verdadeiro ícone entre os periféricos informáticos, que evoluiu até os modelos mais recentes.
O Microsoft Sculpt Ergonomic Desktop, que foi o modelo de teclado adquirido em lote pelo protagonista deste artigo, conta com uma distribuição de teclas diferente. Com seu design dividido, a Microsoft promete que as mãos e os antebraços se posicionam de maneira relaxada, o que torna esse periférico uma alternativa ideal para quem passa muitas horas na frente do computador.
O kit do Sculpt Ergonomic Desktop vem acompanhado de um teclado numérico separado e um mouse, onde os dois acessórios buscam contribuir para o já mencionado conceito de ergonomia.
É importante lembrar que a Microsoft não deixará de fabricar teclados e mouses por completo. O que chega ao fim da produção é da linha clássica de dispositivos. A gigante de Redmond vai seguir produzindo e comercializando periféricos sob a marca Surface, com as características e o “DNA” desse segmento de produtos.
Na prática, a essência dos novos periféricos será diferente da linha histórica, que chega ao fim depois de 40 anos de serviços prestados para toda uma comunidade de usuários.